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A sombra veio a tona, e não escondi meu verdadeiro sentimento de repudio em relação a Kyung.

Parei de sorrir imediatamente e o olhei enojada.

Eu- Mentiroso. -Soltei, sem medo de expressar minha indignação. Meus olhos seguiram Haru, que passou por nós apressado, dirigindo-se à saída do salão. Enquanto todos continuavam vibrando com a novidade, eu me soltei rapidamente do aperto de Kyung para tentar alcançar Haru. Porém, antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, Kyung segurou meu pulso, forçando-me a enfrentá-lo novamente.

Kyung- Você vai simplesmente ir embora?

Eu- Por que deveria ficar aqui? -Kyung continuou me segurando, seus olhos fixos nos meus com uma intensidade perturbadora.

Kyung- Você está olhando pra mim, mas por quê parece que está pensando em outra pessoa? -Não pude conter a fúria que tomou conta de mim. 

Eu- Não ouse brincar com os sentimentos das pessoas. -Gritei, liberando minha mão de seu aperto com um gesto brusco. Ele me encarou, seu rosto revelando a mesma frieza de sempre.

Kyung- Não é isso que está fazendo? Você costumava chorar pela minha atenção e agora simplesmente vai embora? -Minha paciência estava esgotada. Olhei-o com ódio, me sentindo cansada de toda a manipulação e jogos emocionais.

Eu- Eu nunca gostei de você porquê quis, apenas fiz o que me foi escrito para fazer. -Explodi, deixando claro que a minha relação com Kyung era um reflexo do que o escritor determinou para nós, não uma escolha genuína minha. Sem esperar por mais respostas, virei-me e corri, segurando a barra do meu vestido para evitar tropeçar, assim como o bolo havia caído pelas escadas. Minha mente estava tumultuada, mas uma coisa eu tinha certeza: não queria mais ser manipulada pelas tramas do escritor ou pelos jogos emocionais de Kyung.

Finalmente encontrei a saída do salão, estava determinada a encontrar Haru e ver se ele estava bem após a sua saída repentina. E lá estava ele, sentado no chão do lado de fora, gemendo de dor e apertando sua mão machucada. Com passos cautelosos, me aproximei dele, preocupada com seu estado.

Eu- Haru-yah. -Chamei suavemente, vendo-o se sobressaltar ao me notar ali. Tentei não assustá-lo ainda mais, algo parecia errado.

Eu- Yah! O que aconteceu? Há algo errado com sua mão? -Perguntei apreensiva, observando-o tentar esconder sua expressão de dor. Haru tentou disfarçar, dizendo que estava bem, mas eu podia ver através de seu sorriso torto que não era verdade.

Haru- O que está dizendo? Estou bem. -Haru tentou disfarçar, mas eu podia ver através de seu sorriso torto que não era verdade. Decidida a descobrir o que estava acontecendo, me ajoelhei à sua frente e segurei sua mão esquerda, que estava sangrando como se tivesse sido cortada recentemente. Meus olhos se arregalaram em choque.

Eu- Meu Deus! O que aconteceu? Você cortou com alguma faca? -Perguntei desesperada.

Eu- Aish. Espere aqui por um momento. -Disse a Haru antes de entrar novamente no local em busca de uma garrafa d'água. Eu revirei prateleiras e bancadas até encontrá-la em algum canto que não conseguia me lembrar..

Quando voltei para fora, Haru estava lá me esperando. Me ajoelhei à sua frente mais uma vez, abrindo a garrafa e pegando sua mão com cuidado.

Eu- Isso vai doer. -Com cuidado, despejei a água na ferida, e ele fechou os olhos com força, fazendo uma careta. Tentei ser o mais delicada possível enquanto limpava o corte. Haru mostrou uma coragem admirável, aguentando a dor com bravura.

Peguei a barra do meu vestido e a rasguei em uma tira improvisada para fazer uma gaze. Haru me olhou surpreso, preocupado com o fato de eu estar danificando o meu próprio vestido.

Haru Found By ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora