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Kyung e Haru caminhavam juntos pelos corredores da escola, compartilhando suas preocupações. Mas, ao contrário de outras ocasiões, Haru parecia preso em seus próprios pensamentos, mal prestando atenção nas palavras de seu amigo.
Kyung- E ele tá no meu pé para eu continuar agradando ela... Cara, você 'tá me ouvindo? -Perguntou Kyung, desabafando sobre a pressão que sentia para agradar Eun Danoh, sua noiva. Porém, Haru permaneceu distante, não tirava aquele ocorrido incomum que presenciou em sua cabeça.
Haru- É estranho. Dohwa falou umas coisas esquisitas durante a queimada. -Ao ser questionado sobre suas preocupações, Haru respondeu, ainda um tanto confuso. Kyung franziu o cenho ao ouvir o nome de Lee Dohwa.
Kyung- Lee Dohwa? Vocês são amigos? -Indagou curioso, não entendendo o motivo pelo qual eles poderiam ter contato.
Haru- Não! -Exclamou Haru com um toque de desdém, como se a ideia fosse absurda.
Haru- Nunca nos falamos antes tão intimamente a ponto dele falar comigo daquele jeito durante a queimada. -Kyung não pôde deixar de fazer uma careta, percebendo a estranheza da situação.
Kyung- Queimada? Quando jogaram queimada? -Perguntou Kyung, parecendo genuinamente surpreso. Haru não conseguia acreditar que seu amigo não se lembrava do que acabara de acontecer, e uma pitada de preocupação começou a se instalar em seu peito.
Haru- Qual é, cara? Jogamos faz apenas alguns minutos. -Insistiu Haru, tentando trazer de volta a lembrança da partida que acabara de ocorrer. Mas a risada desconcertada de Kyung deixou claro que algo estranho estava acontecendo.
Kyung- Não jogamos. Acho que você está confuso. Está doente? -Indagou Kyung, colocando a mão gentilmente na testa de Haru para verificar se ele estava com febre. Mas Haru não tinha dúvidas de que eles jogaram queimada; as imagens do jogo e das risadas entre os jogadores ainda estavam frescas em sua mente.
Haru- Eu não estou doente, Kyung. Tenho certeza de que jogamos queimada. Danoh estava lá também, e Dohwa... ele disse coisas estranhas. -Um zumbido encheu os ouvidos de Haru, e o mundo ao seu redor pareceu se iluminar de forma intensa e misteriosa. Era como se uma névoa tivesse sido dissipada, revelando uma clareza surpreendente que antes estava escondida.
Kyung- Você acha que ela vai gostar?
-Haru pareceu confuso com a troca de assunto. O que era esse "algo" continuava um mistério para Haru, que parecia estar ligeiramente desorientado com a mudança abrupta de tópico.Haru- É claro que vai. Ela gosta de você!
-Com um sorriso de compreensão, Haru assegurou a Kyung.Haru- Lá vem ela!
-Mas o momento foi novamente interrompido quando Haru avistou Danoh se aproximando. Sua chegada causou um turbilhão de emoções em Haru, e ele se sentiu desconfortavelmente atraído por ela, mesmo que não lembrasse de ter sido próximo a Danoh antes. Era como se algo adormecido em seu coração tivesse despertado, sem que ele pudesse explicar o motivo.
Eun Danoh, a protagonista das visões misteriosas, irradiava um brilho que cativava todos ao seu redor, especialmente Kyung. Seu sorriso ao vê-lo era radiante, e Haru percebeu o quão especial ele era para ela.
Enquanto Danoh se movia pelo palco com graça e encanto, os olhos de Haru não conseguiam desviar dela. A desorientação em sua mente se transformava em algo mais claro e profundo: uma paixão não reconhecida por ele mesmo. Embora suas memórias pudessem ter sido obscurecidas, seu coração pulsava com uma verdade inegável - ele estava perdidamente apaixonado por Eun Danoh.
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Haru Found By Chance
Teen FictionEun Danoh, uma adolescente de 17 anos, levava uma vida aparentemente comum, estudando no segundo ano do ensino médio e enfrentando os desafios típicos da adolescência, e os de sua doença cardíaca. No entanto, sua vida toma um rumo inesperado quando...