∂єנαяία το∂ο | Eʀɪᴄᴋ Bʀɪᴀɴ

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A minha família está enfrentando um problema financeiro complicado, os meus pais não têm condições de arrumar outro emprego, a minha irmã mais velha não pode nos ajudar porque está prestes a ganhar o bebê, então eu sou o único que posso ajudar. Resolvi procurar um emprego na cidade, andei por todos os lugares e perguntei para as pessoas se poderiam me oferecer alguma vaga, mas não tive sucesso.

Desde que terminei o ensino médio, os meus pais me influenciaram a continuar estudando para entrar em uma boa faculdade. O meu grande sonho é me tornar um advogado, ganhar um salário bom e dar uma vida melhor para eles. Se não fosse pelos os meus pais, eu me tornaria um desocupado e me comportaria igual a aqueles jovens rebeldes que não querem nada na vida.

- Moço, você está perdido? - uma mulher branca, com os cabelos pretos perguntou se aproximando de mim. Ela está carregando uma cesta cheia de compras.

- Eu não estou perdido, apenas estou tentando procurar um emprego. - respondi coçando a cabeça.

- Ainda bem que te vi, porque a minha patroa está procurando um jardineiro e até agora não encontrou ninguém para contratar. - ela falou sorridente.

- E você poderia me levar até a casa dessa mulher para tentar falar com ela? - perguntei empolgado.

- Claro que sim, olhinhos de esmeralda! Você pode vir me acompanhar. - ela respondeu tocando no meu braço.

Olhinhos de esmeralda. Que belo apelido que recebi de uma desconhecida! Olhando para ela, dá para perceber que é uma pessoa legal e bem humorada. Acompanhei ela até a casa dessa mulher e fiquei impressionado com o tamanho da casa. Na verdade nem é uma casa, e sim uma verdadeira mansão! Nós ficamos conversando enquanto a dona da casa não chegava, nos apresentamos e comentamos sobre algumas coisas.

A moça se chama Lola, ela trabalha como cozinheira na casa há muito tempo e me falou que a patroa tem um temperamento difícil. Quando eu menos esperava, essa mulher apareceu descendo nas escadas completamente séria e me olhou de baixo para cima, como se eu fosse um marginal. Confesso que me assustei um pouco com a aparência dela, pois parece que acabou de sair de um velório.

- Dona Isabel, eu trouxe este rapaz para conversar com a senhora. Ele precisa de um emprego urgente. - Lola falou me empurrando para a frente. Por um momento pensei que ia cair no chão, porque ela tem muita força.

- Obrigada, Lola. Agora você pode voltar para o seu trabalho. - Isabel falou acenando para ela nos deixar a sós e olhou para mim. - Me acompanhe até o meu escritório para conversamos sobre a oferta de emprego.

- Sim, senhora. - falei assentindo com a cabeça.

Segui a dona Isabel até o escritório, fechei a porta e sentei na cadeira. Ela ficou me encarando por alguns minutos, como se estivesse procurando algum defeito em mim e sentou na sua cadeira. Respirei bem fundo, melhorei a minha postura e tentei ficar o mais sério que possível para demonstrar que sou o candidato ideal para ocupar a vaga de jardineiro.

- Primeiramente eu gostaria de me apresentar. Meu nome é Isabel Rivera, sou a dona desta casa e no momento estou precisando de um jardineiro para cuidar do meu quintal, pois não tenho tempo para dar atenção para as plantas. - Isabel falou em um tom sério.