Lucifer.

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Se não fosse por você
eu estaria sozinho
Se não fosse por você
eu estaria por minha conta

Não espere até eu errar
Não espere até eu provocar uma luta
Você conquistou meu coração sem dificuldade
Não espere por mentiras..

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Dominic

Suspiro alto ao ouvir a última palavra.

Sinto seus olhos me queimando por inteira, resisto a tentação de me manter de olhos fechados e por fim o encaro.

Suas íris esverdeadas me fez pensar por alguns segundos se o bebê teria seus olhos. Se seria semelhante a ele ou a mim.

- Não tem outra forma, você sabe.

Richard encosta a cabeça em minha barriga e passa a fazer carinho enquanto diz.

- Claro que há, Dominic. Só falta colaboração e disposição pra lidar com as mudanças.

Minha paciência está a beira da morte. O pouco de compreensão que ainda habita meu corpo está pedindo expulsão e precisei me concentrar.

- Não me faça dizer mentiras só pra agradar você e fazer suas vontades. Você pode ter o mundo nas mãos lá fora, mas aqui as coisas são diferentes!

- Diferentes como, Dominic? Por Deus! Não preciso ser seu inimigo só porque você não quer ficar comigo.

Dessa vez não contenho a risada sarcástica e consequentemente Richard se ergue, se apoiando nos braços e se virando pra mim por completo.

- Quando eu te procurei pra falar sobre essa gravidez não esperava um buquê de flores e muito menos um anel de casamento.

Me levanto e vou em direção ao box evitando encarar seu rosto.

- E não podemos esquecer - olho por cima do ombro esquerdo encontrando o mesmo sentado - você disse que registraria, mas o filho é meu.

Entro no box, mas não me dou ao trabalho de fechar a porta. De qualquer forma ele é todo transparente mesmo e o risco de molhar o quarto era pequeno já que era muito espaçoso.

Ligo o chuveiro e entro de cabeça tentando organizar meus pensamentos.

Não posso ser hipócrita e dizer que não penso em Richard. Além de ser pai do meu filho, ele tem tido a capacidade de me deixar com um friozinho na barriga todas as vezes que me recordo de nossos corpos juntos.

Pode ser apenas o famoso amor de pica, ou não, mas tenho torcido para que seja.

  - Não pode fugir disso pro resto da vida.

- Sempre fui mulher pra bater no peito e honrar minhas responsabilidades, não é agora e ainda mais se tratando de uma vida que eu vou fugir.

- Não estou mais falando do bebê.

Sua frase é solta próximo ao meu pescoço e só estão consigo distinguir o calor da água aquecida, do corpo que se encontra nú atrás de mim.

Um perigo para a minha sanidade.

- Volta pra cama.

Minha voz sai firme e eu passo toda a frieza que consigo, mas não parece suficiente.

- Não.

Escuto seus passos se aproximando ainda mais. Quando faço menção de me virar em direção a saída sua mão envolve meu pescoço por trás e me puxa contra seu corpo, me fazendo sentir seu pau em minhas costas já desperto.

Sua outra mão tatuada agarra meu seio sensível e o solta apenas para dar um pequeno tapa no bico, me fazendo arfar e xingá-lo.

- Se a conversa só rola enquanto eu estou te fodendo, Dominic, então que assim seja.