Capítulo 19

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Ei gente! Como vocês estão? Que saudade ❤❤

Eu sei que esse capítulo demorou pra caramba, mas não foi por querer eu juro (na verdade eu quase desisti de continuar a fanfic). Enfim, vou explicar mais sobre os problemas que tive em um recado que vou postar amanhã lá no meu twitter, okay?

Boa leitura❤

Sina Deinert

Mantive toda e qualquer possível entrada de minha casa trancada, mas ainda assim, não havia conseguido dormir. Passei a noite inteira com o corpo encolhido em minha cama olhando para um canto qualquer do quarto. Eu odiava estar ali sozinha, sentia-me vulnerável.

Peguei meu celular várias vezes, decidida a ligar para alguém, mas ouvia as palavras de Bryan em minha mente e desistia no segundo seguinte. Seria um incômodo enorme caso fizesse isso, então, decidi tentar lidar com aquilo por mim mesma.

Péssima escolha.

Tentei apenas esquecer tudo que ouvi, mas era difícil ignorar um comentário como aquele que, em algum lugar em mim, eu sabia que poderia ser verdade. Eu não queria ser "uma necessitada". Eu sabia que precisava de alguém ali, mas não queria que ninguém tivesse um problema como eu para lidar em plena madrugada.

Fiquei acordada o suficiente para ver a noite ir embora e o sol iluminar meu quarto. Depois que troquei as fechaduras da casa quando Bryan entrou aqui sem que eu soubesse, senti um pouco mais de segurança, mas, por vezes, eu ainda me pegava com medo de que ele tentasse tudo de novo. E depois de suas palavras ameaçadoras de ontem, eu estava apavorada.

Ser surpreendida com um lado assustador de alguém que eu jurava a anos conhecer me fazia pensar e esperar pelas piores possibilidades. Eu ainda me lembrava exatamente do dia daquele acidente. Dos olhos escuros de Bryan me fitando como se estivessem se deliciando com meu desespero.

Quando estávamos juntos, eu vivia negando para mim mesma esse seu lado maldoso pudesse existir, buscando justificativas que me dessem esperanças de que tudo ainda tivesse chances de ser como antes. Mas depois de tudo, ficou claro que eu não poderia ter sido mais ingênua.

E é óbvio que eu não amo ou sinto falta de Bryan. Eu o desprezo, na verdade. Mas suas palavras ainda conseguiam me machucar. Ele me conhecia bem e sabia exatamente o que me afetava, porque durante anos, mostrei-lhe mais que o suficiente de minha forma mais sensível. Dei à ele tudo para que pudesse fazer isso agora. De certa forma, eu me sentia culpada por toda a merda que havia acontecido.

"Eu e minha estúpida confiança." - É a última coisa que penso antes de me levantar.

Ando com passos arrastados até o banheiro e encaro meu reflexo no espelho. Nada surpreendente. Eu estava acabada. Os lábios secos e de desbotados e os olhos vermelhos com olheiras enormes, indicando que eu havia passado bem longe do conceito de "noite bem dormida". Apesar disso, a tensão e o medo ainda eram bem maiores quando comparados ao cansaço, o que não me fazia exatamente sentir sono.

Tomei um banho gelado, na esperança de melhorar a aparência e fiz um café forte logo em seguida. Passei o resto da manhã evitando ao máximo meu celular, usei-o apenas para mandar mensagens para meus pais e minha irmã. Alice é quem mais me faz falta desde que vim para San Francisco. Sinto saudade de nossas brincadeiras bobas e da forma como ela sempre parecia saber quando eu precisava de sua companhia e seus sorrisos. Se ela estivesse aqui, com certeza saberia o que fazer sem nem sequer se dar conta do que eu estou sentindo.

Durante o dia, tentei descansar de alguma forma que não fosse dormindo, pois sabia que, mesmo que por um milagre conseguisse, eu perderia a hora do trabalho. Não poderia me dar ao luxo de ter mais algum problema além da minha cabeça.

Taste My Taste | NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora