Capítulo 6

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OI NENES!!

Mais um capítulo fresquinho e com uma novidade! Criei um instagram para a fanfic então quem quiser seguir lá @tastemytastfic 

Boa leitura!! Não se esqueçam de votar e comentem muito!!

Sina Deinert

17:50 - Segunda-feira - 12/01/2020

Sinto a brisa fria bater em meu rosto enquanto uma parte de mim deseja que ela leve consigo o peso de meus pensamentos. Ainda que seja inverno, a temperatura está agradável. Em outras circunstâncias, eu estaria aproveitando melhor o tempo.

Depois de passar esses dias aqui, Bryan voltou para Riverside e eu ainda não entendo como as coisas podem ter piorado para mim. O clima que se criou entre nós, depois do ocorrido de sábado, não foi dos mais agradáveis e eu esperava que quando ele voltasse para casa, as coisas ficassem melhores. Esperava que ele levasse consigo aquela sensação estranha que venho sentindo em relação a nós, mas desde que nos despedimos, isso tem ficado pior em níveis consideráveis.

Bryan foi incrível para mim durante muito tempo, mas eu não sei qual foi o exato momento em que nosso relacionamento mudou. Como adultos, a ideia de um namoro a distância não nos pareceu tão assustadora, a princípio. Pergunto-me se depois da experiência em si, isso começou a assusta-ló.

Eu sentia falta de vê-lo, mas durante todo o fim de semana sua presença não me pareceu tão confortável como era antes. Estava animada para conhecermos a cidade. Queria mostrá-lo meu novo trabalho, minha casa, tudo que conquistei. Queria sair e me divertir como fazíamos antes, mas toda essa situação em que estávamos parecia consumir-me por dentro, impedindo-me de aproveitar, de qualquer forma, o tempo em que estávamos juntos.

Pego-me pensando em como chegamos a esse ponto. O comportamento de Bryan me deixou desconfortável em diversas formas, mas ainda assim, espero por algum sinal de progresso. Gostaria que ele se abrisse comigo, dissesse o que há de errado, mas não sinto que eu esteja no direito de cobrá-lo quando nem eu mesma estou fazendo isso. Sinto que seria injusto de alguma forma e, honestamente, acredito que eu tenha uma parcela de culpa por todas as expectativas que criei sobre nossa relação. Vir para cá trouxe diversas mudanças e talvez eu precise de mais tempo para lidar com elas. 

Quem sabe toda essa situação ruim foi criada por apenas por mim e eu,definitivamente, deva parar de pensar tanto.

Poucos minutos depois de sair de casa, começo a reparar que há algo estranho com o motor do meu carro. Torço para que não seja nada ruim e planejo verificar isso quando puder encostar em uma rua menos movimentada. Assim que consigo, saio do veículo e sou recebida com uma nuvem imensa de fumaça ao abrir o capô. Tento abanar com minhas mãos tudo aquilo que tampava minha visão, mas é em vão. Praguejo algumas palavras sem sentido e, por um instante, penso se tem como as coisas ficarem piores. 

Sinto um misto de sensações ruins enquanto tento pedir ajuda. Minha cabeça fervilha com diversas preocupações. Eu me atrasaria para o trabalho nas primeiras semanas, tenho problemas com meu namorado, meu carro acabou de estragar e eu nem sequer tenho uma casa completamente pronta para morar. 

Minha vontade, no momento, é gritar o mais alto que consigo dentro do meu carro, mas os olhares curiosos de todos que passam aqui julgariam-me como louca, no mínimo. Então, o guardar desses sentimentos é refletido em minhas mãos trêmulas. 

O relógio já marca 18:15 enquanto eu ainda espero pelo um reboque, pois, sem ele, não poderia pegar um táxi para continuar meu caminho. Solto um suspiro alto e frustrado ao cair a fixa da situação em que estava . Peço a todo e qualquer Deus que possa me ajudar agora.

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