Matteo se tornou um homem ainda mais frio. Nem mesmo o seu casamento com Helena o fez mudar completamente.
Ele não se achava digno de receber amor, mas também não queria admitir por completo seus sentimentos.
Mas o que Helena não sabia, era que sua...
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“Uma coisa eu realmente sabia - sabia com a pontada do meu estômago,
no centro dos meus ossos, sabia isso do topo da minha cabeça até as solas dos pés,
sabia isso no meu peito vazio - o amor por uma pessoa pode ter o poder de te destruir.”
_ Lua Nova, Stephenie Meyer
Helena Greco
Era quinta-feira e estava preparando as minhas coisas e as dos bebês, pois no sábado a tarde eu iria para a clínica para ser internada onde seria realizada a minha cesárea.
A sensação de dobrar pequenas roupinhas era a melhor que já senti em toda a minha vida, era tudo tão pequeno e macio para ficar em contato com aquelas peles tão sensíveis. Eu estava quase surtando para tê-los em meus braços e mal podia esperar até a segunda-feira chegar. Matteo não era muito diferente de mim, conversava toda noite com eles dizendo o quanto queria conhecê-los.
O mais engraçado é que Antonella se animava toda dentro de mim quando Matteo conversava com ela, ele me perguntava como eu sabia que era ela, mas eu simplesmente sabia pelo instinto de mãe, eu reconhecia os seus movimentos que eram completamente diferente dos de Ettore, ele já era um menino mais calmo e eu imaginava uma miniatura do meu marido, cara fechada e sério, mas o homem mais lindo do mundo.
Dava para perceber que Matteo era o maior puxa saco de Antonella, tudo isso porque ela demonstrava mais atenção à ele quando eles ‘conversavam’:
_ La mia principessa ha dormito?
Ele perguntava com os lábios quase colados em minha barriga coberta por uma camisola.
_ Bom, até alguns segundos ela estava.
Digo rindo da situação, pois é só ela ouvir a voz do pai que se movimenta como uma montanha russa em meu ventre.
_ Vamos, coloque sua mão para sentir.
_ Ciao principessa è il tuopapà.
_ Com certeza ela sabe que é você.
_ Ainda bem que sabe. Ela não podia me deixar mais feliz com isso.
Os nossos dias eram lindos juntos. Essa semana que pedi para aproveitar os meus últimos momentos grávida, sentindo os meus filhos chutando dentro de mim, nos deram uma alegria fora do comum.
Eu tentava me acostumar com a ideia de que agora não tinha mais volta, eu realmente seria mãe e logo os meus filhos estariam com a gente para que nós cuidássemos e zelássemos por eles. E pelo o que dependesse de mim e Matteo, eles seriam as crianças mais protegidas e amadas da Famiglia, da Itália e do mundo inteiro.
