Capítulo 36

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"A morte é tranquila

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"A morte é tranquila. Fácil. A vida é mais difícil."

_ Crepúsculo, Stephenie Meyer

Matteo Greco

Uma semana.

Uma semana que eu estava sozinho.

Trancado em um quarto, completamente abandonado e desolado.

Nada que acontecesse no mundo lá fora ou ao meu redor era capaz de me despertar. Os pesadelos haviam voltado com força total, todas as vezes que o cansaço dos meus choros inconsoláveis tomava conta de mim e eu caía no sono a escuridão me alcançava e causava um tremendo pânico, pois ela não estava aqui para acalmá-los.

Ela se foi. Helena, minha amada esposa, havia partido.

O meu mundo a havia levado para longe de mim. Levado de maneira irreversível, e do modo mais cruel que se podia descrever, de uma forma que não existia perdão que a trouxesse de volta para mim. Não importava o quanto eu chorasse, gritasse ou quantas coisas eu quebrasse, nada a traria de volta para a minha vida.

Nunca mais eu veria aquele sorriso em seu rosto, quando me esperava chegar em casa do trabalho. Nunca mais eu poderia vê-la. Não depois daquele fatídico e puto dia.

O que eu esperava ser um dia tranquilo, em que eu sairia de casa e voltaria para passar os últimos momentos da sua gravidez junto dela, se transformou no meu maior pesadelo.

Se transformou em um trauma irreparável e que ficará marcado pelo resto da minha vida, em minhas memórias e no meu coração.

_ Mas que porra é essa?!

Pergunta, Giovanni, logo atrás de mim.

Ele expressava as palavras que eu não conseguia. Ele fazia as perguntas que eu tentava fazer pelo menos em minha mente, mas toda aquela cena diante dos meus olhos, era macabra demais para eu conseguir me concentrar em outra coisa.

_ Você deve estar se perguntando como tudo isso aconteceu não é mesmo Matteo? Se você está assistindo a essa gravação é porque não estamos mais aqui nessa casa abandonada no meio do nada, e a única coisa que restou a você é um vídeo de adeus da sua linda esposa.

O homem que eu acreditava ser Peter Orlov estava em minha frente, naquele exato momento, mas não da forma que deveria. Ele se encontrava em uma enorme tela de tv, onde uma gravação dele era passada.

Ele parecia saber que eu tinha acabado de entrar por aquela porta, então com certeza algum sistema se ativou para a tela se acender e começar a passar aquilo.

A libertação do amor - Livro II   |COMPLETO|Onde histórias criam vida. Descubra agora