Videos, músicas e boatos; -Drarry

Prólogo

Sufocado.

Era assim que eu estava, sufocado.

Por mais que eu tenha tentado ignorar, não consigo.

Não dá pra ignorar os sussurros, os olhares, as risadas, sabendo que é sobre mim.

Sabendo que param de falar quando eu chego perto, ou quando me escondo no banheiro, acabo ouvindo a conversa de alguém, onde eu era o assunto.

Tudo por causa... dele.

O único garoto que eu realmente amei, o primeiro a me ver nu, a me tocar, a quem me entreguei de corpo e alma.

Tom Marvolo Riddle.

E agora, por conta dele, todos se afastaram de mim, pensando coisas de mim pelo que viram, pelo que ele disse.

Por causa dele, que tenho que ir comer na sala, onde não tem ninguém pra me julgar, tenho que me esconder em alguma prateleira da biblioteca para, caso alguém esteja passando, não me ver.

Por isso que, quando estou em casa, faço de tudo para não demonstrar que ando tendo problemas na escola.

Não quero que Sírius venha aqui, não quero que Remus venha aqui, não quero que eles venham e tragam Teddy, pois ele ainda é pequeno para entender que o irmão mais velho está com problemas.

Em casa eu posso ser o Harry, só Harry, um garoto normal, de 18 anos, com dois pais adotivos que me amam muito, com um meio irmão que me faz feliz, posso ser o garoto que ama bolo de chocolate com morango, ama pirulitos de cereja e tem medo de altura, o Harry que ama azul e que quer montar uma família com a pessoa que ama.

Mas na escola, na escola eu não sou esse Harry, não mesmo.

Na escola eu sou o Harry esquisito, que tira nota baixa em ciências, que não tem amigos, que é "depressivo", que é sozinho, o Harry gay, que dormiu com Tom Riddle, que teve um vídeo íntimo exposto no telão da sala de cinema da escola, que se entregou para Tom, enquanto este o gravava, sou o Harry que teve o corpo exposto para todos da escola, o Harry que, de acordo com Tom, tem manias estranhas quando está bêbado, que dá em cima de qualquer um, que se comporta como uma puta barata, o Harry impuro.