Chegamos em casa bem rápido, afinal, ter um Theo com raiva, em cima de uma moto, te faz praticamente voar.
Só que... A casa que chegamos, não é a minha.
Era a casa dele.
Aliás, casa não, mansão.
-Theo, o que estamos fazendo aqui?
-Eu preciso me acalmar, e não posso fazer isso na sua casa.
Ele desce da moto, já desligada, e tira o capacete, estende a mão pra mim e então eu tiro o que estava em mim, lhe dando. Theo caminha pela estradinha de pedras e eu vou atrás, ele abre a porta e entra, abrindo espaço pra mim, passo depois dele e fecho a porta.
Demos de cara com uma sala bonita, com um sofá negro, tapete verde, televisão plana e outros detalhes, que não tive tempo de conservar, já que Theo colocou os capacetes na mesa, do lado da porta e me puxou pela mão, escada acima.
Passamos por um corredor extenso, e paramos na última porta, que estava aberta, era o quarto dele. Quando entramos, vi que estava bem diferente.
As paredes, antes cinza claro, estavam pretas, a cama de casal estava centralizada em baixo da grande janela de vidro, que tinham cortinas blackout pretas, a roupa de cama era branca, com frases pretas em inglês, dos dois lados da cama, mesinhas com gavetas, em cima, dois abajures e alguns porta retrato, um tapete igual ao meu, cinza escuro, nos cantos do quarto tinham luzes led, iguais as minhas. Do lado esquerdo da cama, na parede, tinha uma mesa, com um pc preto avançado nele, ao lado da mesa, uma estante de livros e uma poltrona na frente da mesa, já do lado direito cama, tinha um sofá branco, uma mesinha de centro de vidro com um jarro e uma única flor verde, uma rosa. Do lado do sofá, duas portas que julgo serem o closet e o banheiro.
-Tá bem diferente de quando eu vim aqui.
-Muita coisa mudou desde a última vez que nos falamos, Harry.
-Percebi...
Entramos no quarto por completo e fomos até sua cama, sentamos e ficamos em silêncio, apenas um tempo depois, o Theo quebra ele.
-Harry, porquê aquela garota te chamou de... daquilo?
-Lembra... do Tom? Eu me entreguei pra ele... ele gravou e exibiu no telão da escola, pra todo mundo ver, eu consegui fazer com que, nem Remus e nem Sírius soubessem, mas... é isso, desde aquele dia, eu sou conhecido como "A Putinha do Tom" ou, "O Ex namorado do babaca do Tom", entre outros...
-V.Vocês... terminaram a quanto tempo?
-Dois anos.
Respondo, dando de ombros e desviando o olhar, que estava em seu rosto, pro meu colo, assim que ele me encara de volta.
-E porquê ainda te olham daquela forma? Porquê ainda lembram disso!?
-Porque... qualquer coisa que eu faça, sempre tem alguém com um celular ou uma câmera na mão, pronto pra filmar e espalhar pela escola. Se eu converso com algum menino, nem que seja pra pedir uma borracha, alguém fotografa e coloca a legenda "Harry Potter tem novo pretendente" ou, "Harry Potter finalmente supera o Trauma Tom?" EU SOU A PORRA DE UMA FONTE DE FOFOCAS!
Grito, me desestabilizando, Theo se aproxima mais e me abraça, de um jeito apertado, me fazendo retribuir e afundar a cabeça em seu pescoço, liberando as lágrimas que estavam presas dentro de mim. Nott faz carinho em minhas costas e sussurra algumas frases como; "Passou", "Eu tô aqui", "Tá tudo bem", na esperança de me acalmar, o que, depois de um certo tempo, funciona. Sem separar o abraço, Théo começa a falar, com a voz baixa.
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Videos, músicas e boatos; -Drarry
Fanfic-Drarry; Vídeos, músicas e boatos- E eu, tento, ao máximo, não demonstrar isso perto da família, Teddy não precisa saber, Remus não precisa saber, Sírius não precisa saber, eles não precisam saber que eu sou sujo. Eles não precisam, e não vão saber...