Fiquei ali...deitada no solo frio e solitário... a lembrar-me daquelas malditas recordações...que não saiam do meu coração vazio...e sem amor...se querem que vos diga nem sequer sei o que é o amor...só sei que dói.
Fiquei ali a divagar sobre isso...até os meus sentimentos profundos e obscuros serem interrompidos por uma voz amável que me dizia:
- Por fim encontrei-te!
Olho para trás para ver quem era e vejo a Amy.
Levanto-me...dou-lhe um abraço...e não sei porquê...comecei a chorar. Fiquei ali a chorar entre os seus braços enquanto ela me acariciava...até eu dizer com uma voz trémula e ainda a escorrerem lágrimas dos olhos:
- Obri-Obrigado! Obrigado por estares aqui quando necessito!!!
Amy abraça-me com força e diz-me:
- Ora essa, Sophie! É para isso que servem as amigas! E esta amiga aqui não gosta que estejas a chorar! Agora faz-me o favor de limpares essas lágrimas e pores um sorriso nessa cara!
... Deixo de a abraçar, limpo a cara e digo:
- Pronto já está, mas eu não gosto de sorrir e tu sabes bem disso!
Amy dá uma risota e diz-me:
- Vamos lá para a universidade porque senão ainda chegamos tarde!
Ao dizer isto pega-me pelo braço e puxa-me correndo em direção ao alto edifício, onde já se via uma série de gente reunida.
Ao chegarmos Amy viu as horas e disse um pouco chateada:
- Ai que raiva ainda faltam 15 minutos para podermos entrar!
Olho para ela e pergunto-me " ...Ai esta Amy será sempre a mes..."
Mas antes de acabar de pensar alguém me empurrou contra o chão e eu digo chateada:
- Ai! Tem cuidado por onde andas!
- Desculpa-me não vi por onde andava.- diz-me uma voz estranha, mas que me fazia sentir bastante segura.
Levanto-me com a sua ajuda e ao olhar para cima vejo um rapaz...um rapaz alto...com cabelos negros ...0s seus olhos... eram cinzentos...eles demostravam uma espécie de...sofrimento...pareciam os meus...mas porque seria?
Fiquei a olhar para os seus olhos e ele para os meus...senti-me estranha...senti que todos os meus problemas se convertiam em meras ilusões do passado...senti o meu coração a bater mais depressa...senti algo novo " ...que sensação era esta?..."
VOCÊ ESTÁ LENDO
A vida depois da morte
Non-FictionSophie é uma rapariga de 19 anos, que teve uma infância triste, sem felicidade, carinho, amizade e amor. Na infância de Sophie toda a gente gozava com ela e isso continuou até cumprir 15 anos. Nessa altura conheceu uma pessoa muito especial, Amália...