Questionamentos

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Oioi pessoas, só passando para pedir para vocês se cuidarem e cuidarem dos seus. Fiquem em casa, e se for necessário sair, não esqueçam das medidas de segurança. Vocês são incríveis, ok? Quero todxs bem <3

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Sakura

Olhei para Obito uma última vez antes de finalmente adentrarmos oficialmente no território de Kirigakure, não posso evitar minha preocupação. Quando conversamos sobre os males que ele fez para a vila citada, não imaginei que seria algo que mexeria tanto consigo, ter conseguido manter o meu controle e segurança para ajudar o Uchiha foi essencial para acalmá-lo.

Depois da guerra tratei de muitos pacientes que chegaram até o hospital com o sentimento que estavam com falta de ar ou sofrendo um ataque cardíaco, porém tratava-se de ataques de pânico e crises de ansiedade, e venho estudando o tema desde então. A ideia da clínica para crianças que sofreram com os traumas da guerra não surgiu do nada, é por causa de pessoas como Obito que tenho me esforçado para levar a ideia até onde puder.

Vi muitas pessoas próximas a mim sofrerem pelos traumas que as guerras deixam; Naruto teve de conviver com o ódio de uma vila inteira, Sasuke se viu em um caminho de vingança, Kakashi perdeu todas as pessoas que amava, tal como Obito. Me toquei que não poderia ficar parada sem fazer nada pela próxima geração. O problema deve ser tratado desde a raiz.

— Sakura-Sama? — ouço Haru me chamando e a olho para que prossiga. — O que Obito-sensei tem? — direciono meu olhar para o Uchiha mais uma vez em um curto período de tempo. — Ele parece meio disperso depois da nossa última parada.

Não posso deixar de notar o quão observadora Haru é, apesar de ser a que mais conversou comigo durante toda viagem, ela parece estar sempre atenta a tudo que está acontecendo. Acho adorável sua curiosidade com tudo.

— Não é nada — Sorrio tranquilizando-a. — Ele só não está se sentindo muito bem.

Ela assente, mas não parece convencida de minhas palavras.

Aproximo-me calmamente de Obito e ele me olha parecendo sem graça. Queria que ele pudesse sentir que ficará tudo bem e que estarei com ele, farei o meu máximo para demonstrar isso com atitudes, pois sei que apenas palavras não adiantariam para tranquilizá-lo verdadeiramente.

Levei minha mão ao seu ombro e disse:

— Ei, quando chegarmos iremos direto para a sala da Mizukage, certo? — Ele nada diz e apenas assente.

O olho mais alguns segundos antes de finalmente ir à sua frente novamente. Quando conheci um pouco mais de Obito, não pude deixar de observar o quão aberto a diálogos e até mesmo a piadas ele era, e vê-lo tão disperso acaba me deixando ainda mais agoniada.

Andamos por mais alguns minutos até que finalmente avistamos o portão principal, saí de minha posição e novamente me vi ao lado de Obito, ele me lançou um sorriso que eu interpretei como doce. Antes de entrarmos na civilização de Kirigakure os guardas percorreram os olhos por todo o time antes de dirigirem as palavras a mim.

— Haruno Sakura, estávamos aguardando você — Um deles diz e o outro não tira os olhos de Obito. — Não esperávamos que viesse acompanhada.

— Este é meu time de escolta — Seus olhares estavam irritando-me. — Pode nos levar até a Mizukage, por favor?

— Ah, sim. Claro. Acompanhem-me.

Nós o seguimos e Obito seguia de cabeça baixa, enquanto que os meninos olhavam para a vila parecendo encantados com a estrutura que tem deixado de ser tão rústica e assim como Konoha, vem sofrendo um processo de modernização gradativa.

Scar Tissue - ObiSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora