Fogo e Gasolina

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Oioi, amores. Como vocês estão?
Gente, eu tava tão ansiosa por este cap, mas tão ansiosa que vocês nem imaginam hahahahhaha.
Vamos conferir quem o Obito foi ver?
Leiam o capítulo ouvindo "Fire meet Gasoline" da Sia.

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Sakura

Eu saí do hospital ouvindo Ino em meu ouvido, falando pela décima vez sobre o quanto eu estava dispersa e parecia sempre no mundo da lua. Para ela, eu estava com a cabeça na "pessoa misteriosa" a qual eu beijei mas, na verdade, eu estava com a cabeça em duas pessoas e as duas eu tinha beijado.

Por um impulso, quando dei por mim estava nos braços do Rokudaime, porém pensava apenas em Obito e talvez isso que me deixasse mais intrigada. Não podia negar o quanto meu antigo sensei era bonito e tinha um jeito único de ser atraente, e Kami... Ele me beijou de um jeito que se eu não estivesse tão absorta em pensamentos por um certo Uchiha, teria dado continuidade naquela loucura em sua sala sem pestanejar.

Entretanto, eu vivia uma confusão interna; uma confusão porque eu não conseguia entender Obito. Eu odiava ter a sensação de que as coisas aconteciam quando ele queria, e apenas ele. No momento em que ele quis me beijar, eu beijei; quando ele quis se afastar, eu afastei; e aí quando ele quis me provocar, eu também o provoquei. A realidade era que eu deixava Obito brincar com meus sentidos e talvez, só talvez, isso não fosse uma coisa muito boa. Não quando eu ficava no escuro em relação a ele.

Afinal, o que ele queria de mim?

— Sakura? Viu? De novo distraída, aposto que não ouviu um terço do que eu disse. — Ino falou, cruzando os braços. — Eu quero saber se você vai direto para casa ou quer passar em algum barzinho antes.

Crispei as sobrancelhas; eu realmente não havia ouvido nada do que ela disse, mas eu sabia que eu indo a um bar novamente, poderia acabar esbarrando com quem não queria, já que me aconteceu por duas vezes — seguidas.

— Não, não. Hoje não. Tenho algumas coisas para estudar.

— Você é uma chata, às vezes. — Revirou os olhos. — Mas tudo bem, podemos deixar para semana que vem, que tal?

Assenti antes de ir na direção contrária à dela. Ino morava um pouco mais distante do hospital que eu. Aproveitava o tempo em que caminhava de volta para casa refletindo sobre minha vida em silêncio. Quando eu chegava, tentava me abster de todo e qualquer pensamento que poderia me deixar ansiosa.

Caminhei o pouco pedaço que faltava e lembrei que ainda teria que cozinhar algo quando chegasse — eu odiava ir para a cozinha após um dia cansativo. Suspirei, choramingando baixo, e enfiei as mãos em minha bolsa, procurando pela chave — meu andar encontrava-se escuro mais uma vez; quase toda semana havia reclamação daquela situação.

Subi os lances de escada praticamente me arrastando. Eu poderia ter alugado algum apartamento no primeiro andar pelo menos.

Ao chegar no quarto andar — onde eu morava —, pressionei os olhos para enxergar melhor e caminhei em direção ao fim do corredor, porém senti um leve tremor em meu corpo ao notar alguém encostado de forma relaxada ao lado da minha porta. De onde eu estava não era possível ver direito, mas pela expressão corporal, só podia ser uma pessoa. Aproximei-me um pouco mais, confirmando minhas suspeitas.

— Obito? O que faz aqui?

Ele sorriu. Aquele sorriso que me causava sensações estranhas.

— Boa noite também. Vim vê-la. — Desencostou da parede e descruzou os braços. — Queria conversar. — Seu olhar desviou para o chão.

— Claro. — Engoli seco e enfiei a chave na fechadura, girei-a e disse: — Entre! — Ele fez o que pedi e passou os olhos pelo lugar, parecendo meio nervoso. — Fique à vontade e não repare a bagunça. — Lancei-lhe um sorriso sem graça.

Scar Tissue - ObiSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora