Ponto de Paz

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Oioi, gente. Tudo bem com vocês? Espero que sim!

Bom... Desculpem-me pela demora. Acho que nunca demorei tanto pra atualizar ST hahahaha. Eu falei no meu insta que fiquei doente; aí depois minhas férias acabaram, e por fim, eu não conseguia escrever de jeito nenhum! Tava entrando em desespero já hahaha, mas consegui!
Confesso que não gostei muito do resultado, mas não ia enloqueucer por isso kkkk.

Este é um capítulo de transição; ele é mesmo mais parado. Espero que gostem.


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Obito 

A luz leve dos raios solares batia em meu corpo e o suor escorria por minha nuca. Abri meus olhos e senti um peso em meu braço direito; olhei para o lado e notei cabelos rosas esparramados sobre a pigmentação branca de minha pele. Sorri. Não tinha sido um sonho; Sakura realmente estava ali.

Levantei-me o mais devagar possível para não acordá-la, peguei minha camisa pendurada na cadeira da sua mesa de estudos e a vesti — a calça eu tinha vestido logo após o banho da noite anterior. Sorri bobo olhando-a dormir, tão serena. Admirei sua boca entreaberta que ronronava baixinho; lembrei-me dos suspiros que ela soltava e um arrepio percorreu-me. Chacoalhei a cabeça em negação e fui até o banheiro.

Adentrei e fechei a porta. Evitei fitar meu reflexo no espelho acima da pia e passei um tempo olhando para minhas mãos na cuba.

Era engraçado como eu estava podendo viver coisas que jamais imaginei, graças à garota dormindo no quarto ao lado. Acho que não imaginei uma segunda chance tão incrível nem nos meus mais doces sonhos, e irônico como o destino é, tudo foi por causa da mesma pessoa que agora me faz sorrir bobo.

Ouvi passos do lado de fora e me apressei em fazer logo minha higiene. Peguei a escova que ela havia me dado pela noite e ouvi sua voz com tom preguiçoso.

— Obito? — As passadas pareciam ter ido rumo à sala.

Não a respondi. Passei mais alguns minutos no banheiro e, ao sair, fui atrás dela.

Sakura estava sentada no sofá, parecendo pensar sobre algo; ao me ver, seus olhos arregalaram e ela parecia surpresa.

— Bom dia. — Caminhei até ela e beijei seus cabelos. — O que faz aí? E com essa cara?

— Achei que tivesse ido embora. — Suas bochechas ficaram vermelhas e ela fitou o chão. Uma graça. — Bom dia.

— Eu não iria embora sem falar com você. — Sorri e me encaminhei para a cozinha. — O que quer?

Sakura levantou-se rapidamente e se colocou em frente ao fogão.

— Ah, não! Pode parar aí. — Levantou a mão. — Ontem você fez o jantar e agora quer fazer café? Não vou deixar. Pode sentar ali, hoje é comigo.

Ri de sua expressão emburrada e fui até um dos armários pegar o bule que tinha visto ontem onde estava.

— Você já foi pelo menos se higienizar? — perguntei, enchendo o recipiente.

— Não. — Notei uma de suas mãos indo até a boca e ri internamente. — Eu... — Pigarreou. — Já volto.

Não perguntei aquilo por mal, mas sabia que seria uma boa alternativa para fazê-la me deixar preparar o café sem querer me expulsar de sua cozinha. Acho que o fato de nunca ter tido ninguém para preparar algo, me fazia querer agradá-la da forma que eu pudesse e conseguisse. Eu não era nenhum super chef, mas sabia algumas coisas. Talvez essa tenha sido uma das coisas que minha avó me ensinou e eu nunca deixei ser esquecida nem com uma maldição avassaladora.

Scar Tissue - ObiSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora