Fiquei encarando o garoto diante de mim, sem saber ao certo o que responder. Ele me pegou de surpresa ao aparecer de repente e mais ainda com o que pediu. Embora eu tenha dito que eles poderiam me procurar para o que precisassem, sendo sincera, isso não estava necessariamente na lista. Por essa razão, dar-lhe uma resposta se fez bastante difícil.
— Por que não leva um dos meninos? — indaguei.
— Por favor, noona, você é a única que pode ir comigo.
Abaixou o olhar, envergonhado, e suas bochechas coraram mais do que tomates. Ele abriu a boca e hesitou. Hesitou tanto que eu mesma comecei a ficar nervosa; ele balbuciou:
— E além disso... Ahn, eu.... Eu preciso de uma opinião feminina.
— Opinião feminina? — levantei as sobrancelhas.
Sério que logo ele estava pedindo ajuda com isso?
Encaramo-nos um longo instante e, por fim, a "carinha pidona" de Seokjin acabou me convencendo. Respirei fundo e concordei. O sorriso que ele abriu foi um misto de alivio e animação. Qual era o problema em acompanhá-lo nas compras, afinal? Nenhum.
— Certo, certo. — suspirei, complacente, e ele manteve o sorriso — Que horas saímos?
— Daqui a uma hora. O que acha?
— Tudo bem. Nos encontramos no hall?
— Ótima ideia.
E, num consenso mutuo, encerramos a inusitada conversa e tomamos rumos diferentes.
Eu tinha acordado cedo, pois, gostava de ir à academia do condomínio pela manhã. Quase não havia gente àquele horário, em especial, não havia um tal de Park Jimin para me desviar dos exercícios. O dia se desenrolava normalmente até o momento em que subi e deparei com Jin observando de modo apreensivo a porta do meu apartamento. Admito que encontrá-lo acordado àquela hora e ainda por cima em um domingo foi surpreendente.
Mas não tanto quanto o que ele veio pedir.
Assim que entrei no apartamento, fui direto para o banheiro, onde tomei uma bela ducha. Transpirei tanto que, sinceramente, Jin foi guerreiro em ficar ao meu lado; em seguida, no entanto, disparei para a cozinha e me enterrei na comida. Ainda me perguntava o motivo de ir à academia sendo que, logo depois, eu voltava e comia tudo o que queimei.
Bom, acho que essa era a lógica, me exercitar para comer.
Desci para o hall pouco antes do horário marcado e mal reconheci o garoto encostado em uma das pilastras próximo à saída. O analisei de cima a baixo, e acabei sorrindo quando se aproximou. O boné e a máscara que usava lhe deixavam bem "escondido".
— Está fugindo de quem? — perguntei divertida — Da máfia?
— Ainda pior. — ajeitou o boné — De prováveis perseguições.
— Onde iremos?
— Ainda não sei. Estou em dúvida.
Assenti e começamos a andar. Um táxi estava a nossa espera nos portões. Ele abriu a porta e, como um perfeito cavalheiro, pediu que eu entrasse primeiro. Agradeci sorrindo.
Achei uma atitude muito bonitinha.
— O que irá comprar?
— Um.... Presente.
— Presente? — encaramo-nos e Jin ficou novamente corado. O taxista ainda aguardava que disséssemos o destino, porém, só pedimos que rodasse enquanto decidíamos o lugar — Ah, desculpe a intromissão, mas presente para quem? Não me diga que é para...
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Imoral
FanfictionSophia Nunes foi convidada para ser a nova manager do Bangtan Boys, mais conhecidos como BTS, um talentoso grupo de sete rapazes que estava alcançando um grande sucesso. Com 29 anos e experiente no ramo do entretenimento, ela embarca para a Coreia...