Imoral

Capítulo 37 - Explicações

Estou tão cansada de revisar, que nem sei o que dizer :"D

Apenas aproveitem, amores *3*

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Tensão.

Essa era a palavra que definia os dias que se seguiram após o ocorrido em Los Angeles.

Jimin e Jin sequer olhavam um para o outro, enquanto o restante dos rapazes não sabia o que fazer para – talvez – amenizar a situação. Durante os shows, eles evitavam ficar muito próximos no palco, apesar de fingirem quando momento exigia e à não ser que a coreografia obrigasse. Fora isso, até mesmo no hotel, ambos evitavam qualquer contato.

O clima entre eles se tornara insuportável. O que, consequentemente, afetou a todos nós.

Eu, apesar de ser a causadora da discórdia, tentei não interferir muito e decidi esperar o momento certo para resolver as coisas com Jin. Quanto a Park, apenas observá-lo era motivo o suficiente para ficar chateada pelo resto do dia, porque estava com saudades de tê-lo perto e dos momentos roubados que tínhamos em meu quarto – e qualquer outro lugar que ele julgasse ser bom. Eu ainda o amava demais, porém, nosso término foi um sacrifício necessário para que o BTS não entrasse definitivamente em pé de guerra.

Bom, pelo menos, era o que eu queria acreditar.

O avião pousou no Aeroporto de Guarulhos pela manhã. Fomos recepcionados por um grupo de fãs assim que atravessamos a saída do desembarque. Óbvio que os rapazes, incluindo Jimin e Seokjin, exibiram suas melhores expressões. Eles interagiram tão naturalmente com o pessoal que, por um minuto, senti como se tivessem esquecido a atmosfera ruim que nos cercava. Os Bangtan sempre gostaram muito do povo brasileiro e sua enorme paixão, tanto que seria o segundo show desde o debut que fariam no país.

Meu país. Minha terra natal.

Depois do que resolvi chamar de "incidente" lá em Los Angeles, evitei ao máximo entrar numa circunstância desconfortável com os garotos, embora fosse hipocrisia minha, já que tudo se tornara desconfortável depois do que aconteceu. Mas, por alguma razão, sentia-me aliviada ao mudar de fileira no avião ou sentar na parte dianteira da minivan. Estava crente de que, desta maneira, daria o espaço de que eles precisavam naquele instante.

Só que, lá no fundo, sabia que estava sendo apenas patética.

— E é por isso que eu amo os brasileiros. — Hoseok deu continuidade a uma provável conversa que tiveram no caminho.

— Engraçado pensar que, mesmo do outro lado do planeta, temos fãs tão apaixonadas. — Suga comentou e só alguns concordaram. Jimin e Jin sequer abriram suas bocas.

Eu os observava de longe, assimilando a grande merda que havia feito, culpando-me por toda a situação. Já tínhamos perdido o controle. Cinco dias se passaram e nenhum dos lados parecia disposto a – tentar – dar uma trégua ou entender as razões um do outro.

E então percebi que, mais uma vez, o primeiro passo teria de ser meu.

— Aqui estão os cartões. — entreguei um para Namjoon, Yoongi e Hoseok — Sei que estão cansados, já que fomos obrigados a embarcar muito cedo no México, sendo assim...

Antes que eu pudesse terminar as orientações, Jin arrancou o cartão de acesso da mão de Suga, e entrou no quarto que dividiriam. Ficamos todos calados um instante, a atmosfera novamente hostil. Jimin mantinha os braços cruzados, a expressão gélida; respirei fundo.