Capítulo 22 | Tecnologia Flitz

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Uma nova missão foi designada a Ivan e ele estava preparado para enfrentar o assassino de coveiros, porém seus equipamentos estavam ultrapassados e, como se tratava de um perigoso inimigo, suas novas ferramentas precisavam ser melhores, sendo assim, o departamento tecnológico, especificamente o agente Flitz, requisitou a presença do agente para lhe mostrar suas novas aquisições. 

   As reuniões, os relatórios, as broncas do General e toda a parte burocrática da funerária era algo que Ivan duramente suportava. Todos esses serviços eram essenciais para melhoria não só da própria funerária, mas também para a melhoria de seus agentes, entretanto a parte que fazia todas essas coisas serem suportáveis era o departamento tecnológico e suas invenções sensacionais, tudo isso graças a Emanuel Lima Silverino, ou como gostava de ser chamado: Agente Flitz.                                                                 Flitz sem dúvida alguma era uma das mentes mais brilhantes que Ivan já conheceu, e se não fosse sua mente criativa e excepcional, a funerária não seria referência de segurança mundial. Suas Invenções tecnológicas trouxeram um grande avanço as missões ao redor do mundo e graças a ele os agentes podem lutar de maneira eficiente e decisiva contra poderosos inimigos. Embora seu intelecto fosse surpreendente, a personalidade do agente deixava algumas pessoas irritadas, inclusive Ivan, mas as armas que Emanuel criava já salvou o agente Bravo incontáveis vezes, então ele releva algumas atitudes do inventor.         

   De frente a porta da sala de Flitz Ivan parou e respirou fundo, já que sabia exatamente o que o esperava atrás dela já que sua última visita ao agente lhe rendeu uma grande dor cabeça, mas ele precisava das novas armas então decidiu se controlar para não perder a paciência ou pior, perder o réu primário.
                                                                        Com duas batidas na porta Ivan se anunciou.                                                                     
— Duas batidas?! Não conheço ninguém com duas batidas. Volte mais tarde! — Gritou Flitz do outro lado da porta. Ivan revirou os olhos e bateu mais uma vez. — Ah sim, é você Ivan. Pode entrar!                                                                                                      
Ele abriu a porta e entrou. 

   A sala onde Flitz trabalhava era três vezes maior do que a do General, e embora fosse espaço suficiente para trabalhar com comodidade, Flitz havia lotado seu local de trabalho com centenas de cabos tanto de rede como de aço, placas metálicas para a construção de protótipos, dezenas de computadores na qual só usava dois, seis caixas de ferramentas embora só usasse metade de uma, dois vídeo games, duas geladeiras, quatro televisores de cinquenta polegadas cada um, a carroceria de uma Kombi e, por último, mas não menos espaçoso: Um piano. Flitz não sabia tocar piano.                                  

— Ei Ivan! Seu danadinho! Como vai meu agente favorito? — Disse Flitz de algum lugar da sala. Ivan não conseguiu localiza-lo por conta da bagunça. — Aqui! Estou bem aqui!                                                                            

  O inventor jogou uma chave de rosca na porta atrás de Ivan, revelando sua localização. O reflexo do agente Bravo o salvou de ser decapitado.                                     
— Mas que merda, Flitz! Não era mais fácil dizer “Ei! Estou aqui, dentro da porra da Kombi” Ao invés de quase arrancar meu olho?                                                                                  
— Me desculpe cara, é que eu estou bastante ocupado e minha atenção não pode ser roubada. Esse meu novo projeto salvará minha vida!        
                                                       
Ivan pegou a chave de rosca e fechou a porta. Ele desviou de algumas caixas cheias de peças danificadas e pulou a mesa onde estavam as ferramentas que Flitz usava para construir suas invenções. Ele chegou até a Kombi, abriu a porta e observou Flitz ocupado com outras prioridades.                                                                                     
— Esse é o seu novo projeto? É sério mesmo? — Ivan indagou mais surpreso do que irritado. O inventor era o estereotipo perfeito de cientista maluco trajando seu jaleco branco e óculos com lentes tão grossas como garrafas de vidro. Seus cabelos crespos e esbranquiçados se destacavam ainda mais pela cor preta de sua pele, e seu bigode totalmente branco dava um toque final ao seu visual.
                               
— Sim! E se tudo der certo vou conseguir liberar o Trevor até amanhã. — Ele comentou bastante empolgado. Flitz segurava o controle do vídeo game com uma mão enquanto com a outra digitalizava códigos de segurança em um notebook preso no meio de suas pernas. — Nunca pensei que GTA 5 fosse tão bom!                                                   

Guardiões de Éter - O Filho do ArcanjoOnde histórias criam vida. Descubra agora