Capítulo 11 | Temores.

1 0 0
                                    

   Em estado de choque por conta do encontro do colar e do Neto, Ivan estava do lado de fora da casa enquanto tentava fazer uma ligação de extrema importância. O aparelho tremia em suas mãos, mas isso não o atrapalhou quando a ligação foi atendida no segundo toque. Apressadamente ele desbloqueou a tela do celular e atendeu, nem deixando a pessoa da outra linha dizer ao menos alô.

— O colar foi até ele! — Ivan disse, entrando no carro da funerária que estava estacionado em frente ao museu. — Eles virão atrás dele?

— Não se preocupe, ele saberá se defender sozinho. — Disse a outra pessoa. — Ele já está desenvolvendo algumas habilidades, e logo ele estará pronto para o que está por vir.

— Como você consegue ficar tão tranquila? Foi você mesmo quem disse que uma guerra se aproxima!

— Você já perdeu a fé em nós?

— Não, claro que não Jynx. Mas é só que eu nã-

— Já disse para não se preocupar, ou você já se esqueceu do que nós somos capazes de fazer? — Disse Jynx, confiante.

— Me desculpe. Ele é tudo que tenho, e eu não estou preparado para perdê-lo como eu perdi a..

— Ela cumpriu o seu propósito, e não havia nada a se fazer quanto a isso.

— Sim, você tem razão. — Disse Ivan, com tristeza carregada nas palavras. — E ela está em um lugar melhor, não é?

— Não há lugar melhor do que a casa de meu pai.

— Sim, entendo. — Disse o coveiro, não muito certo de suas palavras. Seu maior temor havia acontecido, mas o que ele poderia fazer contra a vontade do destino? Nada. Embora soubesse que esse dia chegaria Ivan não conseguia aceitar o fato de que Otávio estava pronto para descobrir sua real origem, pois mexer no passado poderá despertar dores há muito esquecida.

O agente pegou um analgésico em seu uniforme e o mastigou como um chiclete.

Ligou o carro e saiu da garagem, indo enfrentar outros temores.

Guardiões de Éter - O Filho do ArcanjoOnde histórias criam vida. Descubra agora