Quatorze: Depois

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Repentinamente Damien deu impulso com as mãos e se afastou de mim

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Repentinamente Damien deu impulso com as mãos e se afastou de mim.

Ele buscou um pano para resolver a bagunça que fizera na minha barriga, e eu fiquei parada, vendo-o me limpar com uma delicadeza quase reverente. Eu esperava que ele estivesse tentando conter um daqueles sorrisos arrebatadores que ele me dava sempre que transávamos na adolescência. Mas ao invés disso parecia que havia uma névoa em meio ao seu rosto, suas expressões eram impossíveis de identificar.

— O que você veio fazer aqui, Ames? — perguntou, por fim, sem me olhar nos olhos. Ele havia ajeitado a calça enquanto ia buscar o pano, mas a blusa permanecia caída ao nosso lado, e eu mal conseguia me concentrar com tanta pele dele a mostra, me tentando.

— Como? — questionei, com um tom meio débil.

— Acredito que não tenha vindo com a intenção de... transar no capô do meu carro — constatou, enfiando os polegares nos bolsos da frente da calça. Isso fez com que mais alguns centímetros de pele ficassem a mostra, e minha respiração descompassou.

— Não sei... acho que essa era intenção sim, esse carro já presenciou bastante coisa... Faltava só isso — comentei, passado a ponta da unha pelos músculos aparentes na barriga dele, que se retesaram, ficando ainda mais deliciosamente a mostra.

Me surpreendi quando ele segurou meus dedos, interrompendo a minha exploração, olhei para seu rosto, e vi que estava inexpressivo. O que, se tratando de Dame, era uma coisa ruim. O sorriso sarcástico parecia já ser sua face normal, ao passo que inexpressivo era... quase o equivalente de uma expressão de raiva.

— Você acha... que é normal simplesmente aparecer aqui... transar comigo e fingir que nada nunca aconteceu? — A voz parecia mal controlada. Então eu afastei meus dedos dele, sem dificuldade, pois ele não estava apertando de verdade, e peguei minha blusa sob a lataria do carro, me sentindo estranhamente nua, de repente, não que eu estivesse me importando antes. Comecei a vesti-la enquanto pensava no que responder.

— Eu vim... conversar, na verdade — confessei, por fim, passando a língua nos lábios, que ficaram muito ressecados de repente.

— Ah, foi? — O tom dele parecia raivoso agora.

Por que me deixou?Onde histórias criam vida. Descubra agora