Dezenove: Depois

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Depois que ele se foi, eu subi as escadas, sentindo minha bochecha arder onde os lábios dele tocaram

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Depois que ele se foi, eu subi as escadas, sentindo minha bochecha arder onde os lábios dele tocaram. Quase como se tivessem sido marcadas com um ferro quente, e não lábios macios. Rylee e Luna brincavam na minha cama, rindo uma para a outra.

— Já? — Lee perguntou assustada, quando me viu no batente.

— Já — falei, me sentindo derrotada, cansada.

— Quanto exatamente vocês conversaram? — ela indagou, curiosa, largando as bonecas, o que fez Luna a olhar com um bico que ela nem percebeu.

— Eu só disse que estava tudo bem entre nós, mas que não ia mais existir um nós — expliquei.

— Nós quem? — Luna perguntou, aguçando os ouvidos, e desfazendo o bico para assumir uma expressão inteligente demais para os seus míseros quase cinco anos.

— Ninguém, querida. Era só um... amigo da mamãe.

— Aquele das fotos? — perguntou.

— Como? — perguntei, surpresa.

— O das fotos. Essas que estão na caixa no armário. — Eu arfei, não fazia ideia de que ela já tinha mexido nas minhas coisas. Coisas que eu escondia até de mim mesma, na maior parte do tempo.

— Luna! Você não pode mexer nas coisas dos outros sem permissão! — ralhei. — Vai brincar no seu quarto.

Ela nem hesitou em pegar os brinquedos e sair, eu raramente levantava a voz com ela. Mas quando o fazia, ela se assustava e logo obedecia.

— Você ainda tem as fotos? — Rylee perguntou, sugestiva.

— Não consegui jogar fora — admiti, corando.

— Amy... você tem que contar para ele. Pra valer, tudo — falou.

Eu a olhei, sentindo minha face se contorcer, quando um pensamento estranho cruzou minha mente.

— Rylee, porque você não contou? — perguntei, nervosa. Teria sido mais fácil para ela do que para mim. Tudo teria sido muito mais fácil.

Por que me deixou?Onde histórias criam vida. Descubra agora