"O beijo dele sugou tudo de mim: sanidade, amor, paixão. E, no fim, só me restaram as cinzas. Como as dos malditos cigarros dele."
"Eu sempre tive alguns vícios: adrenalina, velocidade, cigarros, álcool..., mas nada no mundo me preparou para o que e...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Parecia que eu estava de volta a minha adolescência, quando tudo que eu conseguia pensar era "Damien, Damien, Damien". E isso era irritante quando você já tem 22 anos. Bem irritante.
— Mãe, você tem que ir no "rospital"? — Não adiantava corrigi-la dizendo que era "hospital", mas eu o fiz mesmo assim.
— Por que você pergunta isso? — questionei, e ela me olhou estranho.
— É que você fica respirando. — Eu quase que falei "obvio que eu respiro", mas entendi o que ela queria dizer: eu estava suspirando. Suspirei mais uma vez sem pensar, e ela franziu o nariz para mim.
— Bom, é que eu estou pensando em uma pessoa — admiti, com, adivinhe, mais um suspiro.
— É aquele seu namorado? — ela perguntou, assumindo uma expressão esperta. Esperta demais para a idade mínima dela. E mais uma vez, eu vi no sorriso dela uma semelhança com o de Damien que, provavelmente, eu tinha inventado só para me convencer.
— Quem? O Ricky? — questionei, me lembrando do fiasco que tinha sido o último cara que eu tentara apresentar pra minha família... Não pelo Rick, ah, não, ele era um cara ótimo, nem correu quando eu contei que era mãe solteira...
O problema foram... bem, meus pais.
Eles acharam que eu e Rick... bom, na verdade eles disseram em voz alta, na frente dele, que eu não estava apaixonada por ele. Eu não estava mesmo, mas ele não precisava saber disso, eu estava tentando me apaixonar.
Richard não gostou da novidade, e quando eu não consegui nem tentar negar... É, não foi muito legal.
A verdade é que meus pais... eles veneravam Damien, sabe, achavam que ele era a última bolacha do pacote, um deus entre homens, e tudo mais. Eu sei, parece estranho, considerando que ele é o oposto de um genro perfeito, mas eles diziam que era porque ele me fazia... brilhar. E talvez eles tivessem razão.
Por Damien eu não precisei tentar me apaixonar.
Depois que Damien foi embora, minha mãe o odiou mais que eu, e até hoje, ela cultiva uma grande raiva dele. Ela diz que ele não parecia capaz de fazer isso... Bem, na verdade, talvez seja minha culpa, já que eu demorei algum tempo para contar do acontecimento daquela noite, e por um longo período ela achou que ele tinha simplesmente me largado.
