Desde muito cedo, Fairy sentiu na pele a rejeição, e ser uma pequena bruxinha nas mãos de uma mulher que nem dirigia uma palavra a ela, não tinha lhe feito bem, nunca.
Mais as coisas mudam quando a Grã- senhora da corte noturna descobre a ligaçã...
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Terras mortais
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Felin não era uma boa mãe. E sabia disso antes mesmo de engravidar pela primeira vez. Nestha tinha sido a primeira de suas meninas, depois Elain, e por fim, Feyre.
Todas elas em um curto espaço de tempo depois do seu casamento. Ela era muito nova para ser mãe, sua própria mãe tinha dito isso a ela antes do casamento. Mais já tinha se comprometido para voltar atrás, então, sem pestanejar, ela se casou com o Sr Archenon, um homem bonito e rico como um rei, que gostava verdadeiramente dela, e não a tratava como seu pai tratava a sua mãe. Quase um paraíso se ela não tivesse descoberto tarde demais que os Archenon era férteis iguais coelhos, e que em menos de dez anos, já tivessem três pequenas menininhas correndo de um lado para o outro.
Tão diferentes, e que com toda certeza dariam trabalho para encontrar um pretendente a altura das suas posições.
Nestha tinha puxado as suas características físicas, algo que facilitaria no mercado casamenteiro. Seria, se ela não fosse tão facinada pelos livros. Era comum ver a pequena Nestha com um grande sorriso no rosto e um livro nas mãos. Esse foi um dos motivos para Felin a proibir de visitar a biblioteca, mais ela sabia que o marido, as escondidas, surrupiava um ou dois volumes por semana para dar a criança. E estava trabalhando em um sermão para dar a ele assim que ocorresse algum deslize da sua parte.
Elain por outro lado, era a mais calma, e parecia viver em seu próprio mundo de contos de fadas e flores. Tinha puxado o mesmo gosto por flores que a mãe, mais diferente desta, tinha o horroroso costume de mexer na terra, e induzir cada uma das etapas para a flor finalmente desabrochar. Isso fazia os nervos da mãe serem testados cada vez que a menina voltava para casa com terra em baixo das unhas.
E.
Feyre. Era a mais nova, e desde muito nova, a mãe conseguiu perceber o olhar artístico da filha, que ia dos rabiscos horrorosos, até às pinturas a aquarela que eram no mínimo descentes para uma criança com tão pouca idade. Esse seria um dom bom aproveitado. Talvez, se fosse usado como ela queria, a filha mais nova teria pretendentes aos seus pés. Alguns homens presavam acima de tudo, um pouco de arte em suas vidas, mesmo que para Felin, fosse somente uma perda de tempo e dinheiro.
