Capítulo 23 🌌

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Corte Crepuscular

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Corte Crepuscular

Rhysand gritou, tão alto que as montanhas tremeram, mais alto que qualquer coisa que eu tivesse ouvido

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Rhysand gritou, tão alto que as montanhas tremeram, mais alto que qualquer coisa que eu tivesse ouvido.

E havia dor ali, a mais profunda dor, porque não era para ser assim. Não, não era pra ser assim, não deveria acabar assim, não deveria, não deveria, não deveria.

Eu estava no meu corpo novamente, e a pequena bebê ainda estava quente em cima das minhas mãos, as asas translúcidas brilhavam. Como um pequeno anjo, um anjo que não respirava, e aí, eu não conseguia respirar, porque não era justo eu conseguir respirar, e um ser tão puro não conseguir, injusto, era injusto demais.

Injusto.

Então me de algo. Algo a mais, que valha a vida dessa criança.

Ouvi.

Algo que valha essa criança.

Algo que valha.

O que quer.

O vi sorrir.

Eu quero um corpo, um corpo meu, um que eu não precise pegar emprestado, um que eu possa usar por milênios, que eu possa viver, respirar por mim mesmo, que eu possa sentir a luz do sol, e da lua, um que eu possa mergulhar nas águas mais profundas, um que eu possa ter prazer. Uma última chance de sentir outra pessoa.

Eu não tinha tempo para pensar, eu não tinha tempo para nada, nem mais um segundo, nada.

Que seja então.

E então, eu senti a queimação na pele novamente, aumentando, indo até muito abaixo da gola do couro dos assassinos, muito abaixo, em cima dos meus seios.

Pelos deuses.

E então, como um relâmpago que não espera para aparecer, ouve um choro, forte e potente, que fez a sala inteira tremer, e todo o terror de todos ali, se aquietar, como um mar que de repente se acalma, que trás paz.

E depois, senti a pequena bebê se remexer nas minhas mãos.

Viva.

Pelos deuses.

Viva. Ela estava viva, com os olhos fechados, e gritando a plenos pulmões, pulmões esses que estavam funcionando, muito bem por sinal.

Não contive o meu sorriso, muito menos Rhysand que não esperou para pegar a filha no colo.

Feyre estava desmaiada em cima da cama, e uma curandeira estava em seu escalço cuidando dela e de seu corpo completamente exausto.

Com espanto, senti o meu próprio corpo exaurido, e me apoiei no colchão para não cair no chão.

Tudo estava bem, Feyre estava bem, exausta, mais bem, e viva. As duas bruxinhas estavam bem, Rhysand estava bem, com a filha no colo, e um enorme sorriso no rosto.

Os olhos repletos de felicidade.

E enquanto caía, só me permiti pensar nisso, todos estavam bem, todos, todos estavam bem.

Minha irmã.

Minhas sobrinhas. Minhas Bruxinhas.

Meu cunhado.

Estavam bem.

Mas eu não estava.

Minha mente traiçoeira gritou. Tão alto que não consegui abafar.

 Tão alto que não consegui abafar

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Hoje é um capítulo mais curtinho. Mas ta valendo a pena.
...votem, comentem e me sigam.
E claro, me falem o que estão achando.

Witch ● ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora