Capítulo 30

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Sempre tinha gostado de ler, muitos dias onde a neve tinha dominado os campos de treinamento dos assassinos, não tínhamos muita coisa a fazer a não ser olhar na cara um do outro, ou entrar escondido nas bibliotecas escondidas no subterrâneo para r...

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Sempre tinha gostado de ler, muitos dias onde a neve tinha dominado os campos de treinamento dos assassinos, não tínhamos muita coisa a fazer a não ser olhar na cara um do outro, ou entrar escondido nas bibliotecas escondidas no subterrâneo para roubar um ou dois exemplares. 

mas aquilo as bibliotecas que eu conheci ate agora, não chegavam nem aos pês do que era aquele lugar. três andares enormes, cheios de livros em todos os lugares possíveis, aparentemente tudo poderia ser um ótimo lugar para colocar mais livros, empilha-los. a organização, não gostava nem de pensar em como funcionava.

— me diga, como alguém consegue se achar em um lugar como esse. — Lucien logo atras de mim bufou alto. 

— não acho que isso seja possível, fadinha. — algumas mulheres corriam de um lado para o outro naquele lugar, carregando livros e mais livros e aparentemente os organizando. o Grao senhor do meu lado deu de ombros.

— os livros em excesso são os que conseguimos salvar da destruição que a vadia ruiva conseguiu fazer com algumas das minhas maiores bibliotecas, a maioria dos livros foi perdida, ou quase, afinal, os mais importantes foram salvos. — do outro lado da muralha não foi um assunto muito popular a guerra, muito menos o que os feéricos do lado norte passaram por cinquenta anos, isso é, muitas pessoas morreriam sem saber do perigo que passaram.

burros, como você.

engoli em seco e esfreguei as mãos uma na outra, odiava tanto tudo isso, queria uma cama quente, e talvez um chá calmante. não teria nenhum dos dois por um bom tempo aparentemente. 

— que sorte. — funguei e me aproximei da beirada das escadas, ainda existia mais dois andares para baixo, e lá do fundo, conseguia ver ainda mais livros. — quantos lugares como esse existem? — olhei para trás antes de encontrar o Grão senhor  com o rosto franzido me olhando.

— bibliotecas? — assenti. — milhares delas, mais do que qualquer outro lugar. — sem números exatos, bom, talvez nem o dono delas soubesse quantas estavam espalhadas por ai.  soltei o ar. — bom, fiquem a vontade, quando quiserem ir para outra dessas, me comuniquem. — Lucien cruzou os braços quando o grão senhor se virou de costas e saiu com as mãos nos bolsos.

— bom, então vamos lá.

vasculhei cada canto daquele lugar, as mulheres não falavam com ninguém, seres que quase não conseguia se ouvir seus passos, rápidas e eficientes quando pedi qual eram os livros mais antigos, fomos levados a uma parte mais profunda daquele lugar onde a luz era bem fraca e que o cheiro de papel antigo era tão forte que meu nariz chegava a coçar por conta de toda a poeira.

esta longe, querida.

soltei as mãos do lado do corpo, e bufei. 

— chega, cansei. — Lucien abaixou o livro da frente do rosto e me olhou de cima a baixo. sentado em uma poltrona ele me observou mover os livros de um lado para o outro, os separando por assunto, por cor, e se fosse possível, por autor também, pena que a maioria deles era escritos por pessoas anônimas.

Witch ● ACOTAROnde histórias criam vida. Descubra agora