Acho que você nunca mais vai reclamar das minhas lições depois do que aconteceu ontem, né? — Haseul riu ao se reencontrar com seu chefe pela manha seguinte.
—Mas eu nunca reclamei de você!
—Nunca expressou uma reclamação, realmente... Mas imagino que por dentro já deve ter me xingado!
— Que nada, você é sempre gentil e adorável comigo.
— Fico aliviada em saber... Eu tenho medo de que um dia eu fique arrogante, sei lá.
— Eu confesso que tenho esse mesmo sentimento. Tenho medo que um dia o poder me corrompa igual aquela mulher...
— Mas que eu saiba que ela só tem dinheiro, e não poder.
— Ela tem influência. — Junmyeon sentiu um arrepio na espinha. — Se não tivesse, não falaria coisas sem muito filtro...
Ao sentir que tinha falado demais, Junmyeon se encolheu. Contudo, já era tarde, porque uma jovem esperta como Haseul tinha captado a mudança brusca de comportamento dele.
— Ela falou alguma coisa depois que fui pra faculdade? — A estagiária questionou. Logo após o almoço, o Kim gentilmente ofereceu carona para as duas. E por uma questão de proximidade, deixou Haseul primeiro. — Falou mal das suas roupas?
—Não, ela só... meio que deu a entender que eu nunca vou ser uma pessoa elegante, por mais que eu tenha.
O estômago da garota se embrulhou com aquela colocação. Porque Junmyeon era um homem esplêndido, e muito esforçado. Adaptou-se a um mundo que não era dele, mas mesmo assim, os outros não pareciam se adaptar ao coração de ouro que ele tinha.
O mundo não merecia alguém tão precioso como ele.
A jovem então estendeu a mão, para tocar Junmyeon. Não sabia se podia fazer tal ousadia, mas sentiu a necessidade de abraça-lo. Então, naquela manhã, não se importou com a posição de funcionária.
Deixou-se levar pelo seu sentimento, e envolveu em seus braços. Ficou feliz porque Junmyeon também deixou sua posição por alguns instantes, e retribuiu o abraço. Ficaram assim por alguns segundos, sem se importar com o tempo que corria no relógio, ou até mesmo se alguém fosse entrar por aquela porta.
Porque naquele instante, eram duas almas que compartilhavam o mesmo sentimento de revolta.
Contudo, tristeza não combinava com o Kim, muito menos com sua secretária. Sentiram a dor que deveria ser sentida, mas logo o coração de ambos pareceu se acalmar, num ritmo perfeito.
— Não é momento pra ficar se lamentando, né? — Junmyeon retomou o assunto depois se desfazer do abraço. — Tem muito trabalho pra fazer amanhã.
— O duro é se concentrar pra amanhã. Meu cérebro 'Tá a mil, ainda mais que nunca fui em uma festa assim...
— É, você tem razão. Acho que da pra gente fazer alguma coisa hoje atarde, pra desestressar...
— Não me diga que é comprar roupas de novo?
— Não, nem tenho dinheiro pra isso! Como hoje é quinta, tem desconto no cabelelereiro do bairro.
— É, parando pra pensar...Acho que a única transformação que nao foi feita ainda, foi no seu cabelo.
— Tirar a minha franja seria uma boa, nao acha?
—É, acho que um topete ficaria legal.
—Do tipo rockbilly anos setenta?
—Não tão longo assim — Ela riu. — E se se quiserem te enfiar um mullet, saia correndo!
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My fair lord » Kim Junmyeon (Suho)
Fiksi Penggemar[CONCLUIDA] Jo Haseul é uma estudante de Comunicação Social que vê na nova proposta de trabalho, uma oportunidade perfeita para se livrar do seu estágio estressante a mal remunerado. O problema é que a situação já não parece tão animadora quando a j...