Capítulo 1 Colega de Trabalho

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As gotas d'água caíam das folhas de cerejeira lentamente. Chegou a primavera, as flores já estão em plena floração e as belezas da rua vão vagando, deixando para trás o que há de mais colorido e tranquilo. O céu está sem nuvens, mostrando a beleza do sol. A temperatura é agradável. Nem muito quente nem muito frio. Esta é a temperatura perfeita para os residentes de Tóquio.

Levi e as outras crianças sentaram-se em círculo no gramado do grande jardim, ao lado da professora sentado em uma cadeira. Ela contou a história de um menino chamado Weid que perdeu a família muito jovem. Ele tem o sonho de se formar, se casar e ter uma grande família - Levi fez uma cara feia com essa descoberta. Para ele, a vida não deveria ser apenas se casar e ter uma grande família - mas esse homem não teve sucesso.

— Durante uma viagem, ele conheceu um velho que lhe revelou ser o deus do casamento. — A professora disse calmamente. Ela é uma bela mulher na casa dos 30 anos com cabelo preto enorme. Para Levi, se ela não os cortar, eles podem acabar chegando ao chão. — O deus explicou a ele que sua esposa ainda é uma menina de três anos, e Wade terá que esperar mais 14 anos para vê-la. — Levi engasgou com a prórpia saliva. Era assustador saber que a esposa do homem era uma garota de 3 anos. — O velho carrega uma bolsa com o fio do destino, um fio vermelho invisível que não pode ser cortado. Quando duas pessoas estão conectadas por esta linha, elas estão destinadas a se encontrar e se casar. 14 anos depois, Wade conheceu e se casou com uma linda garota de 17 anos. Foi a menina que deus lhe contou sobre o casamento. Os dois corpos humanos experimentarão o poder do destino e se amarão para sempre.

Levi balançou a cabeça, desapontado. Ele sabia que esse negócio de para sempre era uma grande farsa para fazerem as pessoas acreditarem que existia um amor além de amar os animais. Como uma adulta pode ser tão burra dessa forma? Pensou Levi.

— Mas nem sempre corre tudo bem na vida de duas pessoas destinadas uma à outra — disse a professora. — O encontro de um casal pode se dar depois de um caminho muito perturbado. Dizem que quando o fio vermelho do destino é muito longo, ele pode se enrolar e dificultar o encontro. No entanto, de acordo com esta lenda, a união é inevitável porque as almas gêmeas, ainda sem saberem, já nasceram unidas.

— Professora — disse uma garotinha com a mesma idade de Levi. Ela usava óculos que agora estava torto naquele momento. Os cabelos castanhos tinham a mesma cor que os olhos e naquele momento estavam presos. Ela se chamava Hange e era a melhor amiga de Levi. Uma das únicas que conseguiam suportar a sua frieza. — Existi uma forma da gente saber com quem estamos ligados a esse fio?

— Não seja burra, quatro olhos — disse Levi com os braços cruzados. — Não prestou atenção no que a professora disse? É um mito. Não é real.

Hange fez uma careta para ele mostrando a língua. Levi revirou os olhos com a ação infantil. Mesmo sendo uma criança de somente 10 anos, Levi conseguia ser mais maturo do que vários adultos que já conhecerá. Ele ainda não entendia como que sua única e melhor amiga conseguia ser uma pessoa imatura. Talvez as pessoas atraíam aquilo que menos deseja. Mas a companhia de Hange não era tão horrível assim.

A professora riu e se levantou.

— Bom... — disse a professora caminhando lentamente para a outra parte do jardim fazendo os alunos se levantarem e a segui-la. — Existi uma forma não muito complicada. Mas se não fizerem direito vocês podem acabar não vendo nada.

A professora explicou tudo de forma exata de como fazer o método. E também disse para mantê-lo em segredo. Você primeiro fazia um pequeno corte em um local específico no dedo onde ficava o fio vermelho. Antes que o sangue pingasse no gramado, você levantaria a mão para cima na direção do sol e o veria em base de alguns segundos. A professora disse que eles mesmo teriam que fazer o corte, mas ela os diria aonde deveriam cortar.

Akai ito no densetsu - EreriOnde histórias criam vida. Descubra agora