Levi ficou surpreso e horrorizado. Ele tinha várias perguntas para fazer, mas nada saia da sua boca. Seu suor percorria sua pele rapidamente. A cada segundo que se passava, pareciam horas.
— Você não parece feliz em me ver... — disse Moblit desanimado.
Levi sentia que poderia desmaiar a qualquer momento. Tudo aquilo havia acontecido rápido demais. Levi levantou e começou a passar a mão na parede, procurando apoio. Foi como se tivesse levado um soco no estomâgo.
— Muita informação para processar, né? — perguntou Moblit sendo compreensivo. — Tudo bem, eu espero você se acalmar. Terei o dia inteiro se você não se aproximar.
Levi agradeceu mentalmente a compreensão de Moblit. Era muita informação para processar sobre tudo aquilo. Tudo aquilo lhe dava dor de cabeça.
Contudo, havia uma dúvida em sua mente. Moblit estava trabalhando para o culto ou sendo usado?
— Qualquer movimento estranho e eu atiro — disse Levi pegando sua pistola e apontando para o homem.
Moblit ficou assustado e recuou. Levi não sabia suas reais intenções. Se sentia mal por estar apontando a arma para um colega, talvez amigo. Contudo, não podia abaixar a guarda por causa disso.
— Isso é tudo um engano — disse Moblit. — Você está enganado, Levi. Eu não trabalho para eles. Por favor, eu imploro, não faça nada que vá se arrepender depois.
Levi engoliu em seco.
— Melhor começar a se explicar.
O que havia acontecido na fábrica? O que aconteceu para Moblit estar com bombas amarradas em sua barriga. Não sabia a potência das bombas, elas poderiam fazer um grande estrago ou pequeno estrago..
Moblit parecia não ter o controle sobre quando iria explodir, então queria manter distância para não matar Levi. Um esquadrão antibomba demoraria para chegar, mas se chegassem a tempo, Moblit provavelmente explodiria caso chegassem perto. Na região do meio das bombas, onde estava o seu estômago, tinha um cronômetro. Faltavam 10 minutos para explodir. Poderia explodir antes, poderia explodir depois, ou poderia explodir naquele exato momento. Levi não entendia de bombas o suficiente. A única coisa que tinha certeza, era que a cada segundo o cronômetro diminuía, junto com as suas esperanças de salvar Moblit.
— Bom... — Moblit começou. — Hange havia me mandando mensagem pela manhã. Eu estava morrendo de cansaço pela hora que ela me ligou. Ela me disse que recebeu uma ligação estranha e que precisava da minha ajuda para explorar uma fábrica abandonada. Concordei em ir com ela para não deixá-la sozinha, pois tinha medo que algo acontecesse com ela — Moblit pausou suas falas por um momento. Ele foi para a fábrica junto com ela para protegê-la, mas acabou que ele não pôde nem ao menos proteger a si mesmo. — Quando chegamos ao local, não havia ninguém. Eu lembro de ter olhado para ela e dito: "acho que ligaram para você pensando que era o número do dedetizadora de ratos." Lembro de ter ouvido ela rindo... — sua voz se tornou suave. Parecia que quando ele se lembrava de Hange, uma parte de seu corpo se acalmava. — Então eu lembro de ter levado um tiro no ombro e outro na perna. Eu caí no mesmo instante. Hange tentou me ajudar, mas ela foi ferida brutalmente. Ela não conseguia se defender, e eu me senti inútil por não conseguir ajudá-la. Eu conseguia ouvir seus ossos sendo quebrados... mas o som se tornava cada vez mais longe — os olhos de Moblit começaram a lacrimejar. — Lembro de acordar em uma sala escura, uma espécie de jaula. Eu estava meio tonto, não me lembrava muito bem do que tinha acontecido. Eu estava amarrado com correntes. A única decoração daquele quarto, era a enorme pintura perto da porta. Era uma espécie de estrela... tinha pessoas se curvando sobre aquela estrela. E também tinha números, como se apontasse alguma hora. Também tinha aquela língua estranha que não conseguimos decifrar. Então-
VOCÊ ESTÁ LENDO
Akai ito no densetsu - Ereri
FanfictionLevi é um homem frio e ignorante. Ele nunca teve tempo para o romance ou relacionamentos. Desde de criança, ele achava idiota a ideia de um dia se namorar e casar. Ele queria ficar solteiro pelo o resto da vida. Levi ficou feliz quando soube que não...