A carta...

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Cinco - Que Merda é essa, S/n ? - fala se levantando e me encarando.

S/n - Não é nada. - digo fitando seus olhos.

Cinco - É uma carta de amor ? - diz com os olhos arregalados.

S/n - Eu acho que sim. - digo receosa.

Cinco - Eu não acredito. Que desgraçado. Mas também S/n, você deve ter sido muito legal com ele.

S/n - Oque você está insinuando ? - me levanto para ficar na altura dele.

Cinco - Você deve ter dado motivo, certo ?

S/n - Ouo abaixa a bola, amigo. Eu não gosto dele desse jeito.

Cinco - Você teve algo com ele ?

S/n - Não, eu só tenho algo com você.

Cinco - Eu sou um idiota, pensando que você me amava, esse tempo inteiro.

S/n - Cinco ? Que merda você ta falando ?

Cinco - Você me ama ? - ele me prende na parede com suas mãos, apertando meu pescoço - Quis trazer ele aqui por pena dele, você está apaixonada ?

S/n - Cinco. - falo tentando respirar, é me soltar das mãos dele.

Cinco - S/n... Como eu fui idiota. - fala me encarando quando um quadro atrás de mim, se quebra.

S/n - Me solta. - minha voz é fraca, percebo que meu pescoço está ardendo... parece que ele conseguiu ferir, a dor do meu machucado no ombro se faz presente.

Cinco 💭 - Matar ela...
Você a ama...
Enforca-lá...
S/n...

S/n - Cinco. - tento pega nas mãos deles, mas ele cresceu, está mais forte - O que você ta pensando ? Eu te amo. - falo mais com a voz arrastada, tentando acalma ele.

Cinco - Você o ama ? - diz com sua cara totalmente retorcida.

Vanya - Cinco ? - falo chegando no local - Diego, Luther.

Os meninos chega mas Cinco, continua com as mãos em meus pescoço. Me fazendo ficar sem ar e com a visão turva.

Diego pega ele e empurra ele no sofá, Luther o agarra. Ele não consegue se teletransportar, Diego me pega e me leva para um quarto, com Vanya ao meu lado, ela tem uma caixa de pronto-socorro.

Vanya - Vai ficar tudo bem. - ela diz com calma.

Eu só consigo ouvir isso, então eu desmaio.

Cinco narrando:

Cinco - O que foi que eu fiz !? - digo com raiva, nojo de mim próprio.

Ali - O que você fez ? Olha como você tratou a S/n.

Diego chega na sala, me encara e me pressiona na parede. Fazendo ficar sem ar por alguns instantes.

Diego - Eu posso até não ser muito amigo da S/n, mas se você ficar fazendo isso com ela, eu juro que eu também faço contigo. - ele fala tirando suas mãos do meu pescoço, eu volto a respirar novamente.

Cinco - Merda, Diego. - falo colocando a mão no meu pescoço. - Está doendo.

Luther - Imagina o da S/n...

Cinco - Eu... - falo olhando para minha mãos, que minutos atrás estavam no pescoço dela.

Klaus - Babaca. Isso é que você é.

Cinco - Mas vocês viram a carta ?

Ali - Não. E nem quero ver, mas eu não vejo motivo para fazer aquilo e mas com ela.

Cinco - Ham. - digo tentando esconder que na verdade estou querendo chorar.

Diego - Cara, ela te ama.

Klaus - Infelizmente.

Cinco - Como é ?

Klaus - Nada, nada não.

Ali - Ela te ama, vejo que você não.

Cinco - Eu a amo mas eu não sei o que deu em mim.

Luther - Se chama ciúmes extremo, você é obsecado por ela.

Eu apenas olho para ele, eu me sinto um completo merda - Vou sair.

Diego - Não vai mesmo !

Eu me teletransportei, a tarde eu estaria de volta. Acho que sim... Vou dar uma volta pela cidade, eu não consigo encarar ela, não agora.

Eu acordo com Vanya ao meu lado, cuidando do meu pescoço. Quando ela passava o algodão com algum tipo de remédio, eu sentia uns leves puxões no ombro e no pescoço. Mas ela estava cuidando de mim, e sorriu quando eu acordei.

Vanya - Oi.

S/n - Oi. - digo com a minha voz quase totalmente recuperada.

Vanya - Você está melhor. Ainda bem.

S/n - Muito obrigada, por... tudo.

Vanya - Não tem de quer, amiga do... - ela para de falar e ela tem razão. Não quero ouvir, ver ou falar com o Cinco agora.

Eu me levanto e vou a um espelho, vejo umas manchas enormes rosas no meu pescoço. Havia machucado, e muito. Tentei tocar mais ardia, vejo que meu ombro está enfaixado novamente então olho para Vanya.

Vanya - Tive de ajeitar o local do ferimento, estava voltando a ficar inflamado.

S/n - Mais uma vez, obrigada. - falo pegando na mão dela e saio do quarto.
Me deparo com Diego que incrivelmente me deu um abraço.

Diego - Você está bem ?

S/n - Sim e você ? - falo quebrando o gelo.

Diego - Bem. - ele sorri.

S/n - Daqui a pouco a gente se fala.

Diego - T-tá.

Ele parecia diferente, estranhei.

Luther - S/n ? Já está melhor ?

S/n - Sim, como vão as coisas com a Lila ?

Luther - Ela ainda está presa.

Ali - Você acordou...

S/n - Pois é...

Klaus - Irmã ? Você está viva ? - ele me abraça.

S/n - Para sua tristeza, sim. - digo olhando para ele.

Vanya desce e me dá um sorriso.

Klaus - Ui.

S/n - Oque ?

Klaus - Parece que alguém está fazendo os Hargreeves descobrirem o amor.

S/n - Eu ? Como assim ?

Ali - Deixa ela em paz.

S/n - Eu vou para meu quarto, arrumar as coisas e ficar lá um pouco. Eu só desci mesmo para vocês saberem que eu estou bem. - eu estou subindo as escadas quando...

Ali - Ele saiu, não sei quando ela volta.

S/n - Eu não me importo, ele pode ficar quantas horas quiser fora.

Klaus - Au isso doeu, até em mim. - fala colocando a mão no peito.

S/n - Tchau.

Eu subo e entro no quarto, realmente está uma zona, começo a arrumar tudo. Lavo o banheiro, arrumo a cama, os móveis. Lembro da noite passada... Não deveria estar relembrando isso. Cinco... Merda. Eu não devia estar pensando nele. Eu arrumei tudo, principalmente a varanda do quarto. Eu acabei quando era umas 17:00hrs.

S/n - Ufa. - digo passando a mão na testa.

Cinco - Você conseguiu deixar ainda mais arrumado.

Eu me viro e ele está a 5 centímetros de mim. O rosto dele está inchado como se tivesse chorado, seus olhos estão fixados em mim, sua mandíbula está travada. Então eu o encaro, saio e deixo ele no quarto. Vou ajudar o pessoal com o jantar. Eu sinto seu perfume atrás de mim, mas ignoro. Vou para a cozinha e encontro todo mundo lá. Eles me encaram e depois abaixam a cabeça, eu percebo que ele está atrás, realmente atrás de mim.

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