As irmãs Papin

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As irmãs Christine e Léa Papin entraram para a História com um crime brutal que causou repulsa entre os franceses: na véspera do dia 2 de fevereiro de 1933, uma fria noite de inverno, elas mataram e desfiguraram uma mãe e uma filha.

As vítimas faziam parte de uma família rica da cidade de Le Mans e contavam com as irmãs como empregadas domésticas em período integral.

Christine e Léa tinham uma irmã mais velha, Emília, que deixou a vida pessoal de lado e entrou em um convento após ser aculsada pela propria mae de estar seduzindo seu pai, após passar anos sofrendo abusos sexuais feitos pelo pai alcoólatra, é de se imaginar que as experiências vividas pelas irmãs durante sua criação assombraram as garotas ao longo de suas vidas.

Logo que atingiram a maioridade, Christine e Léa saíram de casa e arranjaram uma fonte de renda para que vivessem juntas: o trabalho doméstico, foram contratadas pelo casal René e Léonie Lancelin, idosos residentes em Le Mans que viviam com a filha, Geneviève.

Os Lancelins possuíam uma bela casa e as irmãs supostamente estavam bem providas de comida, alojamento decente e pagamento razoável para a época.

As irmãs foram elogiadas por seu trabalho duro e dedicação para manter a residência do Lancelin em ordem, léonia apesar de muita rigorosa em questão da organização da casa, era bastante dócil com as irmãs e por isso elas viam uma figura maternal na patroa.

Porém, Chris e Léa eram consideravelmente estranhas em seu comportament, ficavam grande parte dos dias reclusas em algum canto, quietas e concentradas entre si, depois, alegou-se que as irmãs tinham um relacionamento sexual uma com a outra, em geral, elas não falavam com o patrão durante os 7 anos de trabalho, era Léonie, que tinha fissura com a limpeza impecável da casa e a única que se comunicava com as Papin.

No dia do assassinato, Léonie e Geneviève voltavam de um passeio à tarde e econtraram a casa bem escura, acontece que o fusível caiu devido ao uso do ferro de passar, de uma maneira que já havia ocorrido antes, então mandaram as irmãs levaram o ferro no conserto, porém, o técnico do conserto não relatou nenhuma falha na máquina, fazendo com que os custos do profissional caíssem sobre Christine e Léa, o clima começou a ficar bem pesado a partir daí.

Isso porque a situação toda deixou a Madame Léonie muito brava, como testemunhou depois uma das irmãs, perturbada pela questão do ferro, a senhora se irritou com as irmãs Papin, a situação se intensificou e ocasionou em Christine acertando a cabeça da patroa com um jarro que havia no local.

Geneviève então partiu para cima de Christine, para proteger sua mãe, Chris, então, reagiu atacando os olhos da filha, com o decorrer dos fatos, a irmã mais velha instruiu a mais nova a arrancar os olhos de Léonie, Léa realmente aderiu à ideia da irmã e arrancou os olhos da patroa com as próprias mãos, enquanto isso, Chris corria até a cozinha para pegar utensílios como martelo e facas.

Já num frenesi, as irmãs continuaram a mutilar os corpos das mulheres, gastando pelo menos 30 minutos nesses atos, Já mortas, a madame e a filha continuaram a ser marteladas e seus corpos destruídos, e as irmãs ficavam espalhando sangue por todo o cômodo e por cimas dos corpos, como se estivessem preparando uma carne.

Depois do momento de crueldade, as irmãs Papin se lavaram, trocaram as roupas e retornaram ao quarto no sótão onde elas ficavam, acabaram trancando antes todas as portas e possiveis entradas da casa.

Horas depois, o patrão René, percebeu que sua esposa e filha estavam demorando muito para chegar, preocupado, rené foi até a casa e percebeu que a casa estava completamente sem luz e que havia um pequno feiche de luz parecida com uma vela, então Réne chamou a policia, que chegou no local rapidamente, tentaram entrar pela porta principal mais estava trancada, acabaram encontrando uma entrada pela janela do segundo andar, um dos policiais escalou ate janela, conseguindo assim ter acesso a casa.

Ao descer as escadas o policial se deparou com a cruel cena, em seguida destrancou a entrada principal, para assim os policiais e René podesem entrar, ja dentro da casa, em choque, René encontrou sua esposa e sua filha mutiladas e ensanguentadas no chão, enquanto isso, os policias foram em busca das irmãs, para verem se estavam salvas ou se também tivesse acontecido algo com elas.

Ao chegarem no sotão, os policiais se depararam com porta trancada, ao chamaram pelas irmãs e verem que nenhumas das duas responderam, decidiram arrombar a porta, ao abrirem a porta, se depararam com as irmãs deitadas na cama abraçadas e completamente nuas, logo elas admitiram o crime, sem demonstrar nenhum remorso, Depois, na audiência, as irmãs não souberam dar explicação sobre como fizeram tudo aquilo.

Com as investigações, chegou-se à conclusão de que as duas sucumbiram à condição de uma Folie à deux (Loucura de Dois), uma psicose compartilhada e retroalimentada, gerando paranoia, audição de vozes, autodefesa exagerada e comportamentos sexuais incomuns, provavelmente, a psicose foi desencadeada pela raiva expressa pela Madame Lancellin.

Outro fator levantado foi o fato de que Christine sempre dominou o relacionamento entre as irmãs, enquanto Léa era absolutamente submissa e por admirar a irmã, acabava obedecendo a todas as ordem.

Christine foi inicialmente condenada à morte, mas a pena foi reduzida à prisão perpétua, Léa Papin recebeu uma sentença de dez anos como cúmplice do crime.

O caso foi acompanhado por grandes nomes da França na época, como Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, que alegaram ser um caso de crise da luta de classes, e Jacques Lacan, que usou o ocorrido em suas análises sobre o comportamento cognitivo e psicanalítico humano.

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