Descrente

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Olá pessoinhas, eu disse que voltaria logo não foi ? Eu acho que essa foi a att mais rápida que eu já fiz, então aproveitem!!

E eu gostaria de pedir para que deixem um favorito no capítulo e se puder um comentário de incentivo, isso me motiva a continuar!!

Boa leitura✨

❛❛Um modesto olhar singelo é capaz de despertar uma chama de esperança.❜


Quando existe medo em alguém, tudo passa a ser visto de maneira diferente, e às vezes a própria realidade passa despercebida. Os pensamentos tornam-se irracionais e nos deixam expostos, na nossa forma mais crua, nossas facetas são reveladas e tudo o que somos e guardamos no fundo da nossa alma passa a ser descoberto. Nossos trejeitos tortos ficam à mostra, e aquela parte mais obscura que insistimos em esconder de todos aparece. Ficamos expostos.

Exposto.

Era assim que Taehyung se sentia enquanto seus olhos perambulavam por aquele enorme salão cheio de pessoas desconhecidas, procurando por algo inexistente e que ele certamente não acharia.

De repente, sentiu um pequeno balançar mover a mesa, como se estivesse chamando sua atenção. Suas orbes capturaram um belo jarro floral que servia como um enfeite minucioso para a mesa. Os adornos brilhantes com fios de ouro acabaram chamando sua atenção pela tremenda delicadeza, juntamente com as pequenas rosas de pétalas amareladas, parecia ser extremamente frágil. Um suspiro saiu de sua boca enquanto os olhos corriam atenciosamente por cada detalhe daquela peça nobre, aquele vaso era tão parecido com ele, tinha um leve toque de charme, mas ainda sim mostrava que com uma pequena queda ele poderia se partir em dezenas de pedaços. No caso de Taehyung, a queda já havia acontecido e ele se encontrava em pedaços, e a única diferença era que o charme não existia.

Não sabia ser assim, nunca soube.

E nas milhares de coisas que ele poderia pensar naquele momento, sua mente escolheu a pior delas: e se nunca conseguisse alguém para casar?

A própria mente, banhada em escuridão, fez questão de respondê-lo. Ele se tornaria um estorvo em casa, alvo de ainda mais agressões e humilhações, e dessa vez eles não o poupariam de forma alguma, o transformariam de uma vez por todas em um saco de pancadas feito para baterem e se livrarem de suas frustrações pessoais. Fosse em qualquer lugar, pois um ômega que não conseguia se casar, não era bem visto aos olhos da sociedade.

Ele estava perdido. Céus, estava tão perdido.

Um enjôo cresceu no âmago de sua garganta, denunciando que iria expulsar qualquer coisa que estivesse dentro de si a qualquer momento. Por fora ele parecia calmo, mas por dentro um caos interminável acontecia.

A respiração já apresentava falhas, e seu desespero era tanto que sequer reparou quando dois homens se aproximaram da mesa. Um deles era Kim Namjoon, filho do conde de Busan. O mesmo havia servido ao exército na mesma época que Seojoon, o que acabou tornando-os velhos colegas.

A pessoa que viera consigo era o alfa mais esperado daquela noite; Jeon Jeongguk, herdeiro do ducado e anfitrião daquela festa.

Todos se cumprimentaram devidamente. O senhor Kim mostrou-se bem animado em vê-los, pois a falsidade certamente era uma de suas maiores artimanhas. Sorria como se fosse o homem mais honrado daquela casa, e Taehyung vomitaria se percebesse aquilo, mas ele estava perdido demais dentro de si próprio para perceber qualquer coisa.

Pelo menos até a voz rígida do seu pai soar como uma maldita lamúria, assustando-o.

– Taehyung!

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