Capítulo 10- A noite da festa

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Era sábado

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Era sábado. Emily saiu antes mesmo de eu acordar, mas deixou um vestido dela para mim ao lado da minha cama e um bilhete avisando que passaria o dia com Vitor. Também era o dia de eu tirar a tala, e fiz isso sozinha, na cozinha. Não sei que desculpa daria para Betty, mas já estava cansada, não passaria mais tempo que o necessário com aquilo. Mesmo que o plano de dividir um apartamento com André tivesse ido por água abaixo, achei que era uma boa ideia e iria procurar por algo do tipo.

Para minha sorte, Henry ficou ocupado com o trabalho, de modo que ele passou boa parte do dia em seu escritório. No dia anterior mal nos vimos, pois ele havia saído cedo para o trabalho e voltou um pouco tarde.

Naquela manhã, tomamos apenas o café da manhã juntos e Pietro ficou em meu quarto também o dia todo.

Em certo momento do dia, até fiquei um pouco preocupada com meu chefe, pois não o vi saindo de sua sala para comer alguma coisa, mas não fui até lá.

Comecei a me arrumar com Pietro às oito da noite. A festa de sua tia não era para crianças, mas sabia que ele ficaria com sua avó, se não escondido no quarto, em outro lugar.

Peguei o vestido da minha irmã e experimentei, vendo se o usaria. Era preto, ombro a ombro e com uma fenda lateral. Não era curto, mas colava no meu corpo, acentuando as curvas. Muito menos chamativo que o vinho que usei na outra festa, mas muito bonito também.

Apesar de não querer usar salto, o tênis não combinava, e uma sandália não valorizava muito, então busquei um salto preto baixo e vi se ficava confortável com ele. Aparentemente, tudo ok, então decidi usá-lo, pelo menos por um tempo. Ondulei meu cabelo no banheiro e o deixei solto por cima dos ombros, e na maquiagem usei um pouco de preto nos olhos. Provavelmente teriam muitas mulheres bem arrumadas e eu ficaria desconfortável se não me arrumasse bem também.

Pietro já estava pronto fazia tempo, então nós descemos e esperamos seu pai do lado de fora.

Eu dizia para ele não correr para não se sujar, quando Henry saiu de casa e veio em nossa direção. Nossos olhares se cruzaram e ele me analisou da cabeça aos pés. Ele vestia jeans e camisa branca, e, mesmo estando simples, não podia estar mais bonito, daquele jeito informal.

—Olhe, eu não estava muito animado para ir nessa festa, mas meu humor acabou de mudar drasticamente. —Disse ele ao chegar perto.

Tentei não me contorcer com o frio na barriga que senti só de ouvi-lo dizer isso, enquanto fingia que não ouvia e ia pegar Pietro pela mão.

Fiz o menino agitado sentar em seu lugar no banco detrás e me sentei ao lado dele.

—Não vai vir para frente? —Perguntou Henry, olhando para mim.

—Não... Acho melhor ficar aqui com Pietro. Ele está meio inquieto. —Foi à desculpa que veio a cabeça.

A reação que consegui dele foi um sorriso de canto que parecia dizer muita coisa. Ele não insistiu e saímos dali.

A Governanta (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora