Capítulo 8 - Quando tudo saiu do controle

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Não disse nada o caminho todo

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Não disse nada o caminho todo. Minha irmã conversava com Henry, me deixando admirada que ela conversasse mais com ele em uma viagem só do que eu em várias.

Não demorou a ela se instalar em seu novo quarto. Não pude ajudar muito, porque só andava com as muletas, então basicamente só assisti, sentada em sua cama, ela guardar as roupas que eu tirava da mala e entregava.

Pietro ficaria em sua avó aquela noite. Eu tinha achado que Henry o buscaria assim que chegássemos, mas não.

Eu não quis descer para jantar. Só descia e subia as escadas com alguém me carregando, ou poderia cair rolando da escada. Preferi evitar isso , já bastava ter passado o dia para lá e para cá nos braços de Henry.

Eu estava em meu sofá, vendo algo na TV quando bateram na minha porta.

Henry entrou em meu quarto, trazendo uma bandeja com sanduíche e suco, que ele disse ser meu jantar.

—Onde está minha irmã? —Perguntei, colocando a bandeja em cima da mesa de centro.

—Voltou para o quarto, disse que vem daqui há pouco. —Respondeu. —Posso falar com você?

—Claro. —Disse, já incomodada com o que imaginei que seria, me afastando para ele sentar ao meu lado. Provavelmente eu não gostaria do assunto dessa conversa. Mas, afinal, eu estava em sua casa e, se perguntasse, teria que falar a verdade. Bem, talvez se ele insistisse muito...

Henry se sentou ao meu lado. Seu perfume agradável chegou até mim.

—Acho que já deve saber do que se trata. —Disse ele.

Assenti de leve, olhando para o tapete a minha frente.

—Você morava num lugar melhor, lembro do seu outro apartamento. Era um local razoável. Então se mudou para aquele bairro... duvidoso, se posso chamar assim. —Deu uma pausa.

Talvez pensasse na melhor forma de falar.

Então continuou:

—Você sabe que é a minha melhor funcionária, não é? Que gostamos de você, do seu trabalho... Não podia permitir que continuasse ali. Eu sei que está chateada...

—Chateada? — Interrompi.— Não faz ideia de como estou agora. Isso nunca foi parte dos meus planos, eu...

Apertei os olhos, me apoiando no encosto do sofá. Não queria dizer muito, e muito menos ser grossa com quem estava me ajudando.

—Só fiquei um pouco... Preocupado. —Disse, mas pareceu não ter gostado da palavra escolhida. — Pensei em por que não me procurou. Eu teria ajudado sem hesitar.

—Eu sei. — Respondi, séria. —Mas eu não queria pedir a ajuda de ninguém. É coisa minha. Eu fiquei bastante desapontada quando as coisas saíram do controle. Sou bastante organizada. Talvez um pouco controladora também, confesso...

A Governanta (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora