Capítulo 3- O mal entendido

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O resto da semana passou rápido

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O resto da semana passou rápido. Na sexta, fui com os outros para o jantar na casa de Dayse. Todos ficaram surpresos quando apareci de repente, mas logo a conversa mudou de rumo. No fim de semana procurei a possibilidade de um trabalho aos sábados e domingos, mas não encontrei nada. Tive de convencer Emily a não sair no domingo porque simplesmente não podíamos gastar. Ela tinha bem mais dificuldade que eu para economizar, mas eu achava que já estava a colocando nos eixos. A segunda-feira chegou rápido, assim como os dias seguintes. O tempo ali só parecia demorar mais a passar quando Gisele aparecia antes de Henry e controlava tudo. O que aconteceu naquela quarta-feira.

Endireitei-me no sofá assim que vi aquela figura alta e magra surgindo na sala de entrada. Gisele estava, como sempre, impecavelmente bem vestida. Usava um vestido vermelho e scarpins pretos, que faziam barulho a cada passo que dava no chão de mármore. Seus cabelos loiros estavam presos no alto da cabeça em um penteado elegante. Ela parecia que ter acabado de sair de um salão de beleza. Na verdade, provavelmente era mesmo isso.

A mulher não veio em nossa direção, foi para cozinha, provavelmente irritar Betty.

—Ai, cara, por que tão cedo? – Lamentou Ariele, que limpava o chão da sala

Coloquei o notebook na mesinha de centro, parando de fazer a escala de trabalho.

—É melhor sairmos de vista. – Disse, me levantando. Ariele saiu rapidinho dali, levando as coisas da limpeza junto. Mas eu não tive tempo, porque ouvi Gisele me chamar.

Fui até a cozinha, onde Betty já parecia emburrada enquanto mexia nos armários.

—Com licença – Disse ao entrar – Me chamou?

—Quero que peça a umas das empregadas que arrumem a mesa para um jantar mais íntimo hoje à noite.

—Sim, senhora. – Disse de pronto.

A mulher saiu andando devagar, voltando a falar. Eu a acompanhei.

—Você mandou aqueles vestidos para uma lavanderia profissional? – Perguntou, enquanto saíamos pela sala de jantar.

—A melhor da cidade.

—Ótimo. Não quero que aquela imprestável estrague mais um vestido... – Reclamou, conferindo as unhas bem pintadas. —Estava um pouco ocupada com o trabalho, por isso não apareci tanto por aqui...

Ela continuou andando, observando a sala.

Passou o dedo por cima de uma mesinha de canto, conferindo se tinha poeira.

—Mas logo estarei sempre aqui. – Continuou – É bom que melhorem na limpeza... Você não faz nada além de mandar nas outras, devia fazer isso melhor...

Tentei parecer o mais calma possível, fingindo que aquelas palavras não me incomodavam.

—Vou cuidar de algumas coisas, pode ir lá falar com a outra empregada. – E saiu rebolando.

A Governanta (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora