Capítulo 25 - Descoberta

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Eu percebia quando os funcionários buscavam sumir de minha vista enquanto eu andava apressado de volta a minha sala. Realmente, não estava no meu melhor humor já tinha certo tempo, então ajudava que eles simplesmente se afastassem. Já estava pensando em tirar férias e colocar alguém no meu lugar, pois qualquer um seria melhor que eu. Embora Rafael tivesse elogiado o bom negócio com novos parceiros, poderia ter sido melhor, e minha falta de concentração se devia a isso. Estava particularmente fulo da vida desde cedo, devido a alguns acontecimentos em casa.

Não bastava o mundo parecer ter caído do nada em minhas costas novamente, com problemas com minha agora ex-mulher, mais o fato de ter deixado ir embora a outra que foi a única que eu havia conseguido realmente me envolver. Não, ainda mais que isso... Ela havia me feito amar de novo, e agora nem ao menos sabia onde estava.

Acordei aquela manhã no horário de sempre, mas precisei ir a meu escritório procurar por um documento que havia deixado em algum lugar daquela mesa.

Ellen parecia ser a única a organizar aqueles papéis em minha mesa, as outras eu acho que pensavam que não deveriam, pois minha bagunça continuava intacta, embora a sala estivesse sendo limpa regularmente.

A porta do escritório foi aberta e Ariele entrou, então pareceu me notar.

—Ah, me desculpe, senhor Henry, achei que já tivesse saído — ela me disse, sorrindo um pouco.

—Tudo bem, eu estou apenas procurando um documento, pode começar.

A garota entrou e fechou a porta em seguida, trazendo consigo alguns materiais de limpeza.

Sentei em minha cadeira e comecei a arrumar os papeis, na esperança de encontrar a cópia do contrato que sabia que estava ali.

Eu estava muito zangado nos últimos dias, ou meses. Minha cabeça parecia não saber mais focar por muito tempo em nada, e eu odiava a sensação.

—Quer ajuda com isso? —perguntou ela ao surgir do meu lado.

Sem esperar respostas, ela se ajoelhou ao meu lado.

—Na verdade, acho que não precisa — lhe respondi. —Não vai saber qual procuro, de qualquer maneira.

Ela olhou a bagunça na mesa e pressionou os lábios numa linha fina.

—É, tem razão.

Então ela voltou a se levantar, apoiando a mão direita em minha coxa, fazendo certa pressão para ficar de pé e apertando antes de soltar. Fiquei tenso no mesmo instante.

Eu queria muito creditar que estava enganado, que ela não estava... Dando em cima de mim, mas ficava cada vez mais difícil acreditar nisso. Já fazia certo tempo que ela agia dessa maneira, mas eu pensava que podia ser coisa da minha cabeça.

Ela resolveu ir limpar uma parte das prateleiras de livros atrás de mim, e eu voltei a organizar os papéis, mais apressado dessa vez, ignorando a moça que parecia querer chamar minha atenção.

Finalmente achei o contrato e dei uma lida nele. Acabei me distraindo por um ou dois minutos, então vi quando Ariele sentou na beirada de minha mesa.

Tirei os olhos da folha para perguntar o que diabos ela estava fazendo, mas acabei não conseguindo dizer nada. Meus olhos se arregalaram ao ver sua blusa aberta até o meio da barriga, me deixando ver seu sutiã e parte dos seios.

—Calma, não precisa fazer alarde — ela disse e se deitou de lado por cima da mesa. Apenas me afastei, empurrando a cadeira com os pés, batendo nas prateleiras atrás de mim.

—O que pensa que está fazendo? —perguntei. Ela estava passando dos limites.

Enquanto eu me levantava, ela também ficou de pé e se colocou em minha frente, as mãos espalmadas em meu peito.

A Governanta (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora