Capítulo 11- Desacordo

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Chegamos à mansão e eu me apressei em me afastar, indo chamar minha irmã para meu quarto

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Chegamos à mansão e eu me apressei em me afastar, indo chamar minha irmã para meu quarto. Tirei o vestido e coloquei short e blusa, pensando em como contaria todos os acontecimentos para ela. Sentei-me na cama, as costas apoiada na cabeceira, ao lado de Emily.

Expliquei para minha irmã o que ela não sabia: o ocorrido na academia — que a deixou boquiaberta — o beijo no dia seguinte, e a noite no aniversário, e a manhã antes de voltarmos... Nem eu acreditava nisso. Parecia um sonho, outra realidade.

—Eu não acredito... —Ela disse, absorvendo tudo que lhe falei. — Ellen, eu nunca pensei que estaria aqui, sentada na sua cama, morando com você nessa mansão e ouvindo tudo isso. Essa semana está totalmente doida!

—Eu sei. —Suspirei, querendo gritar, chutar. Liberar de alguma forma a raiva que sentia. Raiva por ter deixado tudo isso acontecer. Tudo!

—Mas ele parece estar muito na sua, hein. Ta agindo como um ficante... Diria que até mais que isso.

Passei a mão na cabeça, bufando.

Ela me observava atenta.

—E você está achando ruim porque... ? —Continuou.

—Porque está tudo errado! Essa situação só é vantajosa para ele!

—Não diria isso. Aquele homem é...

—É meu chefe. Eu vou fazer o que? Continuar me agarrando com ele por aí e até onde vamos? E se der errado? É claro vai dar errado. Eu não tenho tempo pra isso, Emily. Eu tenho que resolver nossa situação. E se eu acabar saindo do meu emprego porque fiz o que estou fazendo, porque ficou estranho e não quero mais estar aqui... Não posso!

—Você está muito estressada para quem acabou de ter uma noite mágica. Relaxa.

Revirei os olhos.

—E o pior de tudo... —Disse alguns segundo depois. —Eu acho que gosto dele.

Era o que mais me incomodava. Estar com Henry era bom demais. Fazia-me esquecer, parar de pensar nos problemas. Eu me perdia em seu corpo, nas sensações boas que me trazia. Em apenas poucas vezes juntos, era como se fosse mais tempo. Já existia certa intimidade entre nós que nem havia me dado conta. Parecia certo, quando não era.

—Está com medo de se machucar. —Ela concluiu.

—Eu tenho que dá um jeito nisso. —Falei. —O problema é que quando ele me toca... Basta me tocar e eu fico caidinha. É ridículo.

Minha irmã sorriu um pouco.

—É compreensível. Ainda mais quando você não se envolve com ninguém há anos.

--

Passei boa parte de domingo com Pietro e minha irmã. E até Henry. Dessa vez, Emily fazia o contrário de antes e não nos deixava a sós. Ela sabia que eu não queria isso e que precisava de espaço e de tempo. Estava me dando um apoio que precisava, sem eu nem ter pedido e eu estava aliviada com isso.

A Governanta (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora