Até aonde vai o amor?

epílogo: Até aonde vai o amor?

— Já se passaram cerca de duas semanas dês de o incidente na floresta negra envolvendo quatro jovens, inclusive a garota desaparecida agora identificada como Carla Simone Del Pupa, e diversos residentes da cidade de [...], que agora foram identificados como membros do chamado grupo cultista que atuava na região, os depoimentos já foram entregues para a policia que ainda aguarda permissão para divulgar os documentos — O rádio do carro tocava enquanto Mateo e Carla guardavam diversas malas no porta-malas do carro.

— Daí o policial me disse que a história batia e que seria taxado como legitima defesa, ou seja, livre — Mateo cantarolou, procurando espaço no porta-malas.

— Mas isso foi tudo graças a NOSSA história — Mordecai contou — Se a gente tivesse contado tudo... —

— E ia contar mais o que? ele tinha uma arma e eu acertei ele na cabeça, o que que tem de diferente? — Mateo perguntou?

— O fato de que você apagou ele, e só depois de alguns minutos matou ele de verdade Mateo — Carla disse brincando enquanto trazia duas malas grandes debaixo de  seus braços.

— Ah! eu arrisquei a minha vida por você e é assim que você me retribui? — Mateo disse chocado, — Vou me lembrar disso senhorita Carla — Ele disse fazendo cena.

— Falado nisso — Rigby começou — Como estão seus machucados agora? — Ele perguntou a garota.

— Estão muito melhores agora, depois de ter ido no médico e naquele chaveiro para tirar a corrente de fato, as coisas melhoraram rápido — Carla explicou antes de colocar as malas dentro do carro.

— E que sorte foi que o carro ainda tinha concerto — Mateo disse — Eu nem imagino o quanto iria custar comprar um carro novo, gente, parece até que tudo melhorou depois de a gente jogar aquela pedra de lá — Ele constatou.

— Pois é né, foi minha primeira noite de sono completa em semanas, além disso não tenho mais sentido nenhuma presença ou visões de canto de olho,  ou coisas do tipo. — Rigby respondeu.

— Ah... — Mordecai suspirou, — Eu ainda não consigo acreditar que vocês vão se mudar — Ele disse enquanto olhava ambos se moverem de um lado para o outro.

— É verdade, vocês bem que podiam ficar mais tempo — Rigby completou.

— Ah, haha — Mateo disse sorrindo enquanto pegava mais duas bolsas e tentava as encaixar no porta-malas, como se o lugar ainda tivesse espaço sobrando — Continuar morando numa cidade que é praticamente um farol pra atividade paranormal, onde a gente quase foi morto por uma entidade que a gente não conhece?  thanks but... no, thanks — Mateo disse enquanto tentava fechar o porta-malas.

— Não levem a mal cariños, a culpa não é de vocês — Carla disse enquanto procurava espaço dentro do carro para enfiar mais algumas coisas — Mas eu meio que já tive a minha cota de ser raptada — Ela disse finalmente guardando o que precisava.

— Mesmo assim, é uma pena — Rigby disse chegando mais perto dos garotos, apoiando-se no carro.

Mordecai e Rigby permaneceram ali por mais algum tempo até que Mateo e Carla tivessem organizado tudo e estivessem prontos para partir, isso até escutarem uma voz distante chamando pelos dois, logo os quatro se viraram, para encontrarem então a distância, uma garota de cabelos vermelhos, seguida por outra um pouco menor, de cabelos curtos e castanhos.

— Mordecai! — Ela gritava enquanto corria — Rigby! — 

Rigby instintivamente segurou o braço de Mordecai, e o mesmo já assumiu uma posição protetora em torno de seu menor, Carla e Mateo observavam do outro lado do carro, prontos para agirem caso seja preciso. A garota demorou apenas alguns segundos para alcançar os dois, demorando um pouco para recompor sua postura devido a seu cansaço por ter corrido tanto.