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Inverno

Louis William Tomlinson chorou pela primeira vez no dia 24 de dezembro de 1991. Era uma terça feira de inverno, quando sua mãe sentiu a primeira dor que indicaria o parto. Eles estavam em Doncaster para o natal, na antiga casa dos pais do avô. Robert correu tão rápido até o hospital, que Elizabeth achou que o carro se desmontaria por inteiro no momento em que parasse. Ela mesma estava um tanto aflita.


Era certo que o bebê de Johannah nasceria em breve, mas eles pensavam que ele aguentaria mais algumas semanas na barriga quentinha, em total contraste com o frio de Donny naquele mês.


Ao contrário de todas as expectativas, Louis estava ali, na posição certa, pronto para vir ao mundo no que seria sua estação preferida dentre todas. Beth tinha dado à luz cinco vezes, mas em nenhuma tivera tamanha agonia. Mark havia viajado para resolver coisas do trabalho duas semanas atrás e ainda não havia regressado.


Foi assim que o pequeno Tommo veio ao mundo: apenas sua mãe, sua avó e a equipe multiprofissional na sala. Elizabeth Tomlinson lembrava exatamente como foi a primeira vez que o viu; ele ainda sujo, cansado e com fome de todo aquele trabalho - foram cinco longas horas trabalhando no parto -, ela com suor escorrendo nos cantos do rosto.


Ainda assim, ao vê-lo, ela sabia.


Sabia que ele estava destinado a ser algo maior; o encontro de suas almas foi uma sensação que a mulher jamais havia sentindo, nem mesmo com os próprios filhos. A ideia de que aquele bebê - que viria a se tornar um grande homem - seria seu melhor amigo na vida apoderou-se tão intensamente dela, que Elizabeth chorou quando o segurou em seus braços pela primeira vez.


Ele abriu seus olhões e a fitou, curioso com todas as possibilidades que aquele novo mundo ao qual ele recém chegara lhe ofertava. Sua mão foi até a bochecha da avó, exatamente no momento que uma lágrima escorreu por lá; as orbes azuis pareciam com os próprios. Entretanto, mesmo semelhante, aquele era um tom próprio; Louis fizera sua própria cor, misturando os azuis em suas íris iluminadas, quando sequer tinha um nome.


Quando ela foi até a maternidade com Robert para mostrar ao esposo o pequeno tesouro que acabara de nascer, seu marido não conseguia parar de sorrir, abraçando-a de lado empolgado, os olhos brilhantes.


Louis Tomlinson era seu primeiro neto.


- Seja bem vindo, Tommo Boo. O mundo já está melhor só porque você chegou. E ele ficará ainda mais incrível apenas por você. Para você. - Robbie sussurrou contra o vidro que os separava dos bebês no berçário, beijando os cabelos da esposa.


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Mimis.

lonely roads that leads to no where | l.s. ficOnde histórias criam vida. Descubra agora