Capítulo 07: A Violenta Serpente e a Obsessão do Lorde

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Riddle não se moveu, e Harry estava pronto para agarrar sua varinha de azevinho, quando a porta da Comunal se abriu, e o mais alto o soltou imediatamente, se afastando do Peverell em questão de segundos, abaixando a barreira de desilusão.

Horace entrou por ela, e, ainda da porta, ele pigarreou, chamando a atenção de todos, que ficaram em silêncio.

— Sou Horace Slughorn, diretor da casa Slytherin. Acredito que seus monitores já lhes confidenciaram nossos segredos, mas se possuírem outras dúvidas, não hesitem em vir até mim ou até eles. — Ele pigarreou novamente, e agitou a mão. O mural ao lado da porta alterou, Hadrian notou. — Os Clubes estão abertos, assim como algumas vagas no time de Quadribol, considerando que alguns dos nossos se formaram. Interessados em algum Clube ou no Time anotem seus nomes no mural correspondente, e seu nome aparecerá para mim.

Todos assentiram, e Horace estava perto de sair, quando ele parou para dizer:

— O time de Quadribol não possuirá primeiros ou segundos anos nesta temporada, por exigência do diretor Dippet. — Alguns mais jovens começaram a resmungar, e Riddle pigarreou suavemente, calando os mais jovens imediatamente. — No café da manhã, estarei distribuindo seus horários, façam o favor de estarem acordados no horário correto.

Quando ele deixou a Comunal, a conversa e as brincadeiras retornaram. Hadrian caminhou em direção ao mural, e, distraidamente, invocou uma pena de seu malão de maneira não verbal. Ele levantou a mão, e escreveu seu nome na vaga de apanhador. Quando terminou, assustou-se com a presença de Riddle encostado na parede ao lado do mural, o olhando em desagrado.

— Siga-me, Peverell. — Ordenou, a voz sem qualquer máscara.

Harry se viu arrepiando com aquele tom de voz, e pigarreou, o seguindo em direção às escadarias. Hadrian hesitou um pouco nos primeiros degraus, afinal todos os outros sonserinos estavam ficando para trás, se Riddle quisesse atacá-lo, ele faria sem dó. Harry não o conhecia neste tempo.

Quando terminou de subir a escada à esquerda, ele se viu em um corredor com várias portas, todas com uma distância notável as separando. Riddle caminhou até a porta no final, a que finalizava o corredor. Parando em frente à porta, o maior se voltou para Harry, dizendo:

— Aguarde aqui alguns segundos. — E entrou no quarto, deixando a porta entreaberta.

Se fosse antes, Harry aproveitaria o vão da porta para observar o que o outro fazia lá dentro, mas agora possuía parcialmente sua vontade sonserina de viver.

Já tinha irritado Riddle mais que o necessário.

Cumprindo o que dissera, Riddle apareceu poucos segundos depois, a expressão extremamente irritada, dizendo de maneira amarga, como se cada palavra lhe doesse no âmago:

— Entre.

Quando Hadrian entrou, a mão invadindo furtivamente o bolso que sua varinha de azevinho estava, a porta bateu atrás dele. Ele fechou os olhos, pensando "fala sério", de maneira irritada. Virou-se na direção do outro, que estava de braços cruzados, as costas contra a porta. Quando falou, Hadrian notou que sua voz saiu em um sussurro, que pareciam envolver seus sentidos como uma teia de aranha:

— Os dormitórios possuem três estudantes, em respeito ao mínimo espaço pessoal. Seu nome está gravado na madeira aos pés de sua cama, suas coisas já estão aqui.

Hadrian assentiu, virando-se de costas para o veterano para procurar por sua cama. Tomaria um banho e dormiria, estava cansado. As camas eram idênticas às grifinórias, mudando apenas a cor das cortinas – verde.

Ele sentiu um movimento atrás de si, e antes que pudesse virar, as mãos hábeis e firmes de Tom Riddle o agarraram por trás, segurando seu braço com um pouco mais de força que o necessário.

Sign Of The Times - Tomarry. [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora