Capítulo 13: O Passado e o Adeus.

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Outubro passou lentamente. Hadrian Peverell e Tom Riddle não brigavam tanto quanto antes, vez ou outra estavam os dois a socos e tapas em algum corredor aleatório, mas definitivamente não era como antes.

Além de estarem sempre juntos. E quando se diz "sempre", é literalmente sempre. Onde se via Peverell passando, podia ver Riddle também, mesmo não tão perto, mas definitivamente juntos. A única situação que distanciava os dois era justamente o ódio de Tom Riddle: o Quadribol.

Hadrian era o apanhador da Sonserina, e praticamente toda semana havia treino, para se prepararem para a temporada de Quadribol que estava se aproximando. Sempre que se via Riddle muito calado e aparentemente irritado, todos imaginavam que tinha treino naquele dia.

As pessoas passaram a adorá-los em segredo, como se fossem um casal muito bonito que devesse ser endeusado. Os alunos amavam sua magia tão densa e poderosa, amavam ficar fofocando sobre eles e teorizando, além, é claro, de torcerem para que os "amigos" se tornassem logo "namorados". Obviamente, todos eles possuíam amor demasiado à própria vida para dizer algo na frente dos dois sonserinos.

Entretanto, apesar de muitas pessoas estarem os apoiando como um casal, Hadrian se viu extremamente chateado quando notou que eles não passavam disso: amigos. Tom sequer o tocava mais como antes, ou tentava beijá-lo, apenas o tratava de maneira diferenciada, como se ele realmente fosse um amigo profundo, diferente de todos os outros sonserinos.

Aquilo era bom, mas não o suficiente. Hadrian ficou assustado ao notar que ele queria mais, seu corpo queria mais. Contudo, ele não tomou o passo inicial, e nem tomaria. Tom parecia estar muito pensativo nos últimos dias, e Harry resolveu não perturbar seu novo amigo com seus desejos carnais.

— Ouvi grifinórios conversando ontem — Dissera Walburga em um dia aleatório de Outubro, eles estavam sentados habitualmente na biblioteca circular da Sonserina.

— Não sei o que me surpreende mais — Aiden disse, escrevendo distraidamente em seu pergaminho um dever de Transfiguração. — Grifinórios estarem falando algo entendível, ou ser Walburga quem entendeu.

— Que está querendo dizer com isto, Avery? — Ela disse, afetada, parando de escrever para olhar o amigo mortalmente.

Aiden parou de escrever, e olhou para ela com as bochechas coradas.

— Eu acho que me comuniquei errado. Quis dizer algo tipo "você, Walburga, ouvindo algo que grifinórios podem dizer?", entendeu? — Se defendeu, e fechou a cara ao ver Hadrian negando com a cabeça e rindo baixinho, ainda escrevendo.

— Huh, bem — Ela riu, voltando a escrever. — Foi sexta, ontem ainda. Estavam falando do professor Wilhelm.

— O amante de trouxas? — Antony disse, com uma expressão enojada.

Antes que Walburga dissesse algo, eles viram Tom descer as escadarias dos dormitórios. Seus olhos avelã olharam distraidamente pela Comunal, e algo extremamente agradável arrebatou o interior de Harry, quando os olhos avelã tocaram ele.

Riddle caminhou para eles.

Quando chegou à mesa, sussurrou um "saia" para Abraxas, sentado distraidamente à esquerda de Hadrian. Quando o Malfoy se levantou, Hadrian sorriu para o recém-chegado, e, surpreendendo a todos, colocou suas pernas por cima das pernas de Tom, que não disse nada, apenas puxou sua cadeira para mais perto do Peverell, até que fossem as coxas e os joelhos do mais baixo em seu colo.

— O que estava dizendo sobre Wilhelm? — Abraxas perguntou, sendo o único não surpreso do grupo.

Ele estava acostumado a chegar no quarto, e ver em um dia os dois se matando aos socos e cabeçadas. Já no outro dia, estava lá Hadrian deitado na cama de Tom, ao lado do próprio, lendo seus livros sombrios para que Riddle ouvisse. Eles não viam o movimento lento que seus próprios corpos faziam: Hadrian lentamente colocava sua cabeça no peito de Tom, e lentamente Tom estava passando o braço por trás das costas de um Hadrian explicando profundamente as magias mais obscuras para ele.

Sign Of The Times - Tomarry. [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora