Capítulo 12: A Mamba Negra.

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Hadrian estava entediado.

Ele agora começava a se questionar se provocar Riddle na sala do diretor fora uma boa ideia. Querendo ou não, Hadrian sentia falta de perturbar o irritante rei da Sonserina, sentia falta das provocações deles nas salas de aulas, sentia falta até mesmo dos beijos do outro, mesmo que, a esta altura, só tivessem trocado três.

O primeiro sendo o mais prazeroso, sendo seguido por uma noite de amassos na cama de Hadrian. O segundo, sendo aquele deles em Hogsmeade, no beco. Antes de estarem no beco, Tom o beijara nas ruas de Hogsmeade também, mas ele não considerou isto como sendo beijo, e sim um selar.

E ainda havia o último deles, Harry pensou, rolando na cama. Na primeira semana de detenção, no terceiro dia, exatamente.

Hadrian acabava de sair de sua aula de Trato das Criaturas Mágicas, quando viu o momento que Tom estava saindo da biblioteca, vindo em sua direção. Estavam sozinhos em um corredor, quando o diretor claramente tinha dito que não era para eles ficarem sozinhos.

Não fora proposital, é claro. Harry não fazia ideia que Riddle tinha um tempo livre, sequer tinha a noção que o outro estaria na biblioteca, justamente para onde Peverell seguiria em busca de livros para suas pesquisas.

Riddle passaria direto por ele, é claro, Harry via aquilo no rosto altivo de Tom desviando-se dele. Em um ato impensado e desesperado por uma reação, uma atitude do mais velho, por qualquer coisa, Hadrian ergueu a sobrancelha para ele, em um claro deboche com a sua cara.

Em um segundo, mais rápido do que Hadrian poderia prever, as mãos de Tom estavam presas em seu colarinho, o prendendo na parede, a alguns centímetros do chão, olhos em fúria para as esmeraldas debochadas. Harry não conseguiu conter seu sorriso por muito tempo, e isso pareceu irritar ainda mais o Riddle.

— Eu odeio você! — Riddle rosnou, irritado.

— Não, você não odeia. — Hadrian tinha dito, tão suave como uma brisa de verão.

E suas bocas estavam presas em um beijo quente e saudoso. Riddle o puxou para seus braços, praticamente o puxando para seu colo, enquanto Hadrian abraçou-o pelos ombros, arranhando suas costas sem qualquer cuidado, puxando-o para si com força, como se quisesse matar sua saudade fundindo seus corpos.

Por algum motivo, aquele beijo pareceu diferente para Harry. Ele sentiu isso. Parecia mais gostoso aos seus lábios, parecia mais prazeroso, e, acima de tudo, ele não queria que acabasse.

Então o sinal de fim de aulas interrompeu o amasso cheio de saudades, e Tom tinha se afastado dele com aquela pose altiva de sempre, a compostura impecável, tão bonito quanto um deus grego. O coração de Harry estava acelerado, e alguma coisa dentro dele derreteu-se mais e mais olhando para o rosto de Tom, decidido que ele adoraria passar o resto de seus dias olhando para aquela mesma expressão sem se cansar jamais.

Tom abaixou-se novamente na direção da boca dele, e o cobriu de novos beijos e selares, sem querer realmente deixá-lo ir. Hadrian arfava, mas Tom não se afastou, continuou a deixar selares após selares em seus lábios.

O sorriso de Hadrian não o enganava, ele estava gostando e muito de não respirar, preferia estar com sua boca colada na boca do veterano.

Então Walburga apareceu. Inicialmente, parecia que ia desmaiar, depois começou a rir igual uma idiota, gritando no meio do corredor um monte de "eu sabia".

Após Tom ameaçá-la sutilmente com línguas arrancadas, a menina ficou quieta, e o monitor olhou para os olhos esmeraldinos abaixo dele. Harry o olhou de volta.

Tão belo e tão perfeito.

— Isso não aconteceu — Riddle disse, fingindo estar furioso com ele. Apontou o dedo para ele, e disse: — No momento, eu não gosto de você, Hebi!

Sign Of The Times - Tomarry. [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora