Quando o julgamento terminou, Hadrian trocou outro olhar frio com Natalia, que tinha uma expressão de derrota no rosto, assim como fora o seu caso. Guilhermina gritava nas mãos dos Aurores, enquanto era arrastada para fora, em direção à residência, onde arrumaria algumas pendências (incluindo documentos do Ministério, confiados a ela), antes de ser enviada para Azkaban.
Antes que Natalia fosse embora, Harry a segurou firmemente pelo cotovelo, se inclinando para sussurrar em seu ouvido:
— Belo julgamento.
Antes que ela retrucasse, ele apertou com mais força seu braço, silenciando-a com um ofego de dor.
— Aproveite sua noite, defensora de abusadores. — Disse novamente, tendo o prazer de ver os olhos da mulher serem arregalados.
Sorriu ladino uma última vez, antes de pegar para si sua pasta com arquivos, caminhando para fora na intenção de ignorar a presença e os olhos conhecedores de Tom em cima de si.
Contudo, ele habitualmente não foi muito longe, porque logo sentiu braços fortes o segurando pela cintura, puxando-o para uma sala de escritório vazio. Hadrian ofegou, sentindo a porta ser fechada com suas costas por um empurrão, e mal teve o prazer de estapear Riddle, porque os lábios dele já estavam castigando deliciosamente seu pescoço já marcado.
— É tão gostoso sentir seus dentes me marcando — Ele sussurrou, sentindo sua relutância derreter junto com a língua de Tom deslizando sensualmente em sua pele. — Mas eu devo lembrá-lo que agora você é apenas o Senhor Riddle.
— Eu não ligo — Retrucou Tom, levantando o olhar para as esmeraldas divertidas. — Que foi aquilo?
— Eu sei me virar diante desafios, Senhor Riddle — Hadrian respondeu, levantando lentamente sua sobrancelha de maneira cética. — Sou o melhor em tudo que faço.
Um sorriso de apreciação brilhou no rosto de Tom, e as mãos na cintura de Peverell apertaram, puxando o corpo para mais perto.
— Huh, huh, tão possessivo — Hadrian sussurrou, negando suavemente com a cabeça.
— Não estou falando do julgamento — Riddle disse, erguendo uma sobrancelha. — Você sabe bem do que eu estou falando, Hadrian.
— Senhor Peverell.
— Foda-se com senhor Peverell. — Tom brigou, franzindo a testa em irritação.
— Bem, se for de sua vontade, senhor Peverell pode fodê-lo, garotinho malcriado. — Havia um sibilar lento em como Harry disse, e a sua frase surpreendeu até mesmo ele.
Tom piscou três vezes, o olhando com surpresa, embora o tremor em seu corpo não tenha passado despercebido pelo atento sonserino mais baixo. Sutilmente, as maçãs altas do Riddle ganharam um teor rosado, e Harry riu, levantando sua mão quase que em transe, apenas para acariciar gentilmente aquela pele macia.
— Você pode ser um bom garoto para mim, não é, Tenshi? — Perguntou, retrucando uma provocação que Tom fizera anos atrás para ele.
Para uma nova surpresa entre os dois, Riddle não o contradisse, apenas abaixou os olhos para seus próprios sapatos, e soltou uma risada tímida.
— Eu me surpreendo — Ele sussurrou, após alguns segundo em silêncio. — Com a sua capacidade de destruir completamente minha postura.
Harry levantou seu olhar segurando-o pelo queixo, e beijou sua boca lentamente, numa despedida clara, mas Tom não o deixou ir, apenas o abraçou com mais firmeza pela cintura, e o trouxe para seu peito.
A destra de Tom deslizou pelas costas eretas do mais baixo, encontrando sua nuca, subindo um pouco pelos cabelos sedosos para segurar contra seu peito em um aperto calmo e carinhoso. A canhota subiu da cintura para o meio das costas, apertando o corpo menor contra o seu, e inconscientemente ambos suspiraram.
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Sign Of The Times - Tomarry. [CONCLUÍDA]
FanfictionAlguns anos após o final da Batalha de Hogwarts, Harry Potter é mandado de volta a 1937, com um último objetivo antes da paz definitiva: Se aproximar do futuro fiel seguidor de Grindelwald, aquele que assolaria o mundo mágico com sua crueldade. Com...