Enquanto fazia o dever de Aritmância na biblioteca da Sonserina, Hadrian pensava em como sua vida estava catastrófica.
Seus pesadelos eram constantes, mesmo com a morte de Grindelwald, e mesmo ele sendo o Companheiro da Morte. Ele acordava aos berros no Castelo Slytherin, e Tom aparecia na porta do quarto de hóspedes com uma expressão pesada de preocupação. Ele então tinha tomado o hábito de colocar feitiços silenciadores ao seu redor, mas ao amanhecer, Riddle estava adormecido em uma poltrona, zelando seu sono.
A morte de Oliver doera todos os dias em seu âmago, apesar de ele ter conseguido seguir em frente. Era dever dele agora, como Companheiro da Morte, entender as vidas ceifadas e não lamentar eternamente por elas. Oliver era seu pai, talvez mais pai do que James fora, a considerar que James realmente não tivera muito tempo com ele. Mas a morte deles, de repente, parou de doer. Eram vidas sendo ceifadas, vidas que reencarnariam, vidas que morreriam novamente.
Era a ordem natural das coisas. Com o passar do tempo, Hadrian então descobriu que a Morte não era apenas a Morte. Ela era o Maat para os egípcios: a Ordem para absolutamente tudo, a única exatidão que qualquer ser humano poderia ter.
A Morte não o visitava mais fazia um tempo, mas quando ele cogitou isso, a capa de invisibilidade dos Potter deste tempo tinha aparecido para ele. Isso foi antes de seu fiasco com Grindelwald, é claro, e interiormente, Hadrian se julgou duramente por ter sido tão patético no duelo.
Quando voltou para Hogwarts com Tom, seus amigos quase o sufocaram com abraços e choro, além de um turbilhão de pedidos de desculpas. Ele e Tom estavam sempre próximos, mas seus toques se resumiam a beijos breves, e quando estavam sozinhos.
— Você fez o dever de Runas Antigas? — Lena perguntou, se sentando ao seu lado na mesa vazia, parecendo desesperada. — Eu não descobri nada sobre isso!
— Eu terminei sim, está ali — Sua pena apontou para um montinho de pergaminhos. — O terceiro. Se não entender a resposta, venha até mim e explicarei.
— Obrigada, Hadrian, salvou meu pescoço! — A Rosier disse, e ele sorriu pequeno.
Ele tentou acalmar o amargor em seu estômago, quando Adelia e Walbuga sentaram-se na mesa também. Não pela Black, é claro, mas ele via os olhos desejosos de Adelia para cima de Tom, e aquilo o deixava irado. Está bem que os dois não possuíam um relacionamento oficial, e está bem que ele também nunca tinha chegado a discutir com ela, por achar discussão por ciúmes algo extremamente fútil, mas aquela situação estava o enlouquecendo.
— Orion não cabe em si mesmo de tanta felicidade — Walburga resmungou com Adelia e Lena, irritada com o noivo predestinado desde que nasceram. — Tudo por conta dessas reuniões estúpidas!
— Reuniões? — Hadrian perguntou, uma alavanca acionando em sua mente de repente.
— Sim, reuniões dos Cavaleiros de Tomtom! — Adelia disse, alegre, e Walburga gemeu.
— Ai, amiga. Sai dessa! Tom e Hadrian estão juntos! — A Black disse, e Hadrian arregalou os olhos minimamente. Ousada!
— Bem, eu não ouvi Tom dizer que está em um relacionamento sério! — Ela disse, olhando diretamente para Hadrian, pegando suas coisas furiosamente, e subindo para os dormitórios femininos.
Walburga olhou para ele com um ar de culpa.
— Ah, Hadrian, me desculpe!
— De tantas pessoas para eu me apaixonar, Wall. — Ele resmungou, sentindo-se chateado. — Tive que me apaixonar com um cara possessivo, mas que não me convida para suas reuniões, nem muito menos diz o que quer de mim.
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Sign Of The Times - Tomarry. [CONCLUÍDA]
FanficAlguns anos após o final da Batalha de Hogwarts, Harry Potter é mandado de volta a 1937, com um último objetivo antes da paz definitiva: Se aproximar do futuro fiel seguidor de Grindelwald, aquele que assolaria o mundo mágico com sua crueldade. Com...