Reggie P.O.V.
Sábado, dia do baileMeu Deus, é oficial: hoje é o baile e meu par é Lucas Patterson. Isso ainda parece estranho. Tipo, o Luke é o garoto mais desejado da escola. O que faz total sentido, olha pra ele. Mas... ele me convidou. Ele me escolheu. Eu sei que eu deveria achar isso normal, afinal, nós estamos... nessa relação que ainda não tem nome. Mas mesmo assim. É estranho. Mas um estranho bom...
Eu levantei da minha cama, fui direto até o banheiro, tomar um banho que me ajude a despertar de fato e fazer tudo que tenho que fazer. Saí em direção à cozinha. O plano era tomar café da manhã antes de ir para a casa da Jules. Ela cismou de me ajudar a me arrumar. Eu ia para a casa dela cedo e os outros encontrariam a gente lá. O que atrapalhou esse plano? Meus pais, óbvio. Assim que sentei na mesa, começou:
-Porque não pode se arrumar aqui? Seu pai deveria levar vocês. E porque não nos diz ao menos o nome da garota que vai levar? É aquela das tranças? -Minha mãe falou, me fazendo revirar os olhos.
-Desde quando é minha obrigação? Ele que dirija! Ele nem deveria ir nesse baile. Não jogue para cima de mim. E, na minha época, quando o garoto não dirigia, era o pai da garota que levava o casal. -Meu pai respondeu, autoritário.
-Não pedi para ninguém me levar! E de onde vocês tiraram que eu vou com uma garota? -Ambos me olharam, confusos. -E se eu fosse, não seria a Flynn. Ainda não sabemos como vamos até a escola, talvez o Ray me empreste o carro, mas não precisam se preocupar. Não que vocês fossem fazer isso. -Me levantei. Não queria falar sobre o Luke. Eles não precisam, não merecem, saber.
-Claro, o Ray. Me diz, Reginald, qual o grau de parentesco de vocês? -Minha mãe perguntou, irritada.
-Você está brigando com o Peters errado, minha cara. Se vocês não conseguem manter os problemas entre vocês, eu não ligo. Mas o Ray não tem culpa disso. Nem eu! -Entrei no meu quarto, peguei minhas coisas que já estavam organizadas e saí da casa.
Cheguei na casa dos Molina e bati na porta, que foi aberta por Carlos, sorrindo.
-E aí, carinha! -Me abaixei para abraçá-lo. -Como você tá? Faz tempo que não conversamos.
-Claro, você só vem aqui pra ver a esquisita. -Revirou os olhos e eu ri alto. Ele se aproximou de meu ouvido, para sussurrar algo. -Não tem mais tempo para o seu irmãozinho, só pro namorado, né? -Eu o olhei incrédulo. -Não, a Julie não me contou, eu vi vocês juntos. Achei legal. -Ele tinha um sorriso inocente (coisa rara) nos lábios. Não tive tempo de responder.
-Reggie! O bom filho à casa torna. -Ray parou em frente à porta, com os braços abertos. Dei um abraço rápido nele. -Vai ficar aí fora para sempre? -Rimos e eu entrei, fechando a porta. -Tomou café? -Arqueou uma sobrancelha. Eu ia responder, mas ele já sabia a resposta. -Tem panquecas na mesa. Vai comer, Reg.
-A Jules ainda tá dormindo? -Perguntei, me sentando na mesa e colocando duas panquecas no meu prato. Ray colocou mais duas. -Não precisa de tanto, Ray. -Dei risada, mas ele me olhou sério, apenas aceitei e comecei a comer, enquanto Carlos achava graça da situação. Ray sabia de tudo que rolava em casa, ele é basicamente o pai que eu nunca tive. Por isso eu vivo aqui, por isso minha mãe detesta minha relação com ele. Ela sabe que ele é muito melhor pra mim do que ela e meu pai juntos. -Bom dia, flor do dia. -Falei, ao ver Julie descendo a escada, com a cara amassada.
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Will We, Or Won't We? - Ruke
FanfictionOnde Reginald Peters não se apaixona, e seu melhor amigo, Lucas Patterson pega todo mundo. Será que Reggie terá uma boa experiência com o amor? Será Luke tão forte quanto aparenta? E acima de tudo... será que o resto da banda aguenta o drama? N/A ¤...