Capítulo 5

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Oi gente! Cheguei com um capítulo novinho! Vou tentar trazer mais um, ainda essa semana. Me falem se estão gostando.

Aproveitem!

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Verônica Brown era uma atriz, produtora, e diretora de sucesso. Era um nome prestigiado na indústria cinematográfica. Ela e Pedro, protagonizaram juntos um filme como o casal principal da trama, e todos os artigos que li, repetiam a mesma expressão: o amor ultrapassou as telas. Ambos eram discretos quanto ao relacionamento: se questionados em entrevistas, davam respostas vagas e até desconversavam. Nas redes sociais, as únicas publicações onde apareciam juntos, eram fotos para divulgar o filme. Os paparazzis, os flagraram juntos duas únicas vezes, e em ambas, a cena parecia repetida: andavam pela rua, sem contato físico. Mas todos os artigos citavam fontes próximas, que diziam que os dois estavam perdidamente apaixonados. Verônica, era três anos mais jovem que Pedro. Ela era linda. Não costumo pesquisar a vida das celebridades assim, mas foi bom distrair minha cabeça por alguns minutos.

E então, minha pesquisa é interrompida pelo meu celular: 1 nova mensagem. Pedro.

Pedro:

"Você não foi incômodo nenhum, não se preocupe! Estou com o coração partido em saber que você está machucada. Ninguém merece passar pelo o que você passou. Fique bem Olívia, por favor."

Sua mensagem demonstra um tom genuíno de preocupação. Me pego novamente me perguntando se este é o jeito dele de tratar todas as pessoas que cruzam seu caminho: preocupado, cuidadoso, atencioso. Se for, ele é um dos seres humanos mais incríveis que já conheci. Não encontro palavras boas o suficiente para respondê-lo, então opto pelo básico:

Olívia:

"Agora é minha vez: não se preocupe, eu vou ficar bem!"

E a esta foi a última mensagem. Realmente, não havia mais nada a ser falado.

Meu domingo e minha segunda foram praticamente iguais meu sábado: fiquei na cama com Nana o dia inteiro. Estava me sentindo relativamente melhor, mesmo ainda um pouco perturbada. Acho que o trauma embaralhou a ordem das cenas na minha cabeça e até fez com que eu esquecesse algumas partes, mas agora, depois de quase três dias, tudo estava claro. As cenas se encaixavam uma a uma, e a cada hora, eu me recordava de novos momentos. Acho que ir trabalhar amanhã me fará bem. Preciso me distrair.

No dia seguinte, tento retomar minha rotina normalmente, como se nada tivesse acontecido. Acordo, me arrumo, arrumo minha casa e faço meu típico trajeto. Porém, quando chego ao Café, há algo errado: o café está aberto. Eu sou responsável por abri-lo todas as manhãs. Com medo do que pode estar me esperando do lado de dentro, entro no Café. Porém, para minha surpresa, tudo está no lugar, e mais ainda, as mesas estão todas arrumadas. Minha outra tarefa matinal.

Permaneço paralisada no meio do salão, até que Giu sai da cozinha. Nos conhecemos a muitos anos, então, aprendemos a nos comunicar com apenas um olhar. E naquele momento, ele com certeza me dizia: "estou feliz de tê-la de volta". E sendo um homem de poucas palavras, ele demonstra seu carinho com atos. E ter feito minhas tarefas da manhã, demonstra o quanto se preocupa comigo e é claramente, uma tentativa de me animar. Eu tenho muita sorte de ter um chefe como ele.

E então outra coisa "incomum" chama minha atenção: um vaso de flores no balcão do caixa. Giu, não tem decorações como essa no Café. Como se percebendo a minha confusão mental, ele rapidamente explica:

Free Falling - Pedro PascalOnde histórias criam vida. Descubra agora