Free Falling - Pedro Pascal

Capítulo 9

Voltei com um capítulo novinho!

Vocês estão gostando das músicas no começo de cada capítulo?

Aproveitem!

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- O que? Como assim?

E a expressão "devo contar para ela ou não?" permanece em seu rosto. Ainda medindo as palavras, ele começa a se abrir:

- Nós nos aproximamos nas filmagens de No Limite do Amanhã, o filme que fizemos juntos. Éramos um casal na trama, e a proximidade, fez com que nossa química saísse dos sets e virasse algo além. Nós nos envolvemos e eu me sentia atraído por ela, e ela por mim. Quando os produtores souberam, eles amaram. Não havíamos conversado sobre o que seríamos, se seria algo casual ou não, mas quando sugeriram que anunciássemos um relacionamento, Verônica aceitou na hora. Disse que seria "uma ótima jogada para divulgação do filme". Eu estava cada vez mais atraído por ela, e disposto, a fazer com que esse namoro de fachada virasse um relacionamento real, até descobrir que ela estava dormindo com outro. Meu mundo desabou. – como ele havia feito comigo anteriormente, aperto sua mão para lhe passar força. Ele sorri fraco, e continua – Eu fiquei triste, irritado. Mas ela me convenceu a continuar com a farsa, argumentando para eu pensar pelo "bem do filme". E eu aceitei. Fazíamos questão de contar para todos ao nosso redor que estávamos "perdidamente apaixonados", para que não corrêssemos nenhum risco. Mas era mais difícil fingir algo para os paparazzis, você nunca sabe quando uma foto sua será tirada. Mas ela é uma pessoa difícil. Mesmo nosso lance sendo uma mentira, ela sente que tem alguma espécie de posse sobre mim. Por isso foi atrás de mim aquele dia no Café. De alguma forma, ela descobriu que te ajudei, e não ficou nada feliz com isso.

- Eu percebi que você ficou desconfortável. E percebi também que ela quis te levar para longe de mim – ri, para aliviar uma possível tensão – Mas achei que era coisa da minha cabeça.

- Não, Olívia. Ela me deixa desconfortável. E se eu não a conhecesse, diria que ela fez o que fez por ciúme. Mas ela é só possessiva mesmo. E aquele tempo que fiquei sem frequentar o Café, foi porque o produtor do filme pediu. Com certeza, ela fez a cabeça dele. A divulgação oficial do filme acaba semana que vem, não vejo a hora de me livrar dessa situação de uma vez por todas.

E lá estava ele de novo. O silêncio.

Me viro para olhar Pedro e me surpreendo, ele já estava me olhando. Percebo nossos rostos próximos, separados por míseros centímetros. E num ato impulsivo, colo meus lábios nos dele, acabando com a pequena distância que existia entre nós. Ele não me beija de volta. Então percebo que aquilo não foi uma boa ideia, e me afasto. Por vergonha, viro a cabeça e demoro para abrir os olhos, até sentir seus dedos no meu queixo virando meu rosto para sua direção. Quando finalmente abro os olhos ele está sorrindo, e enquanto acaricia meu rosto percebo um brilho diferente nos seus olhos. Ainda muito envergonhada, decido me desculpar:

- Desculpa, eu não devia ter fei...

Eu não consigo terminar a frase, sou interrompida. Ele me beija de forma calma, carinhosa e devagar. Uma de suas mãos se apoia na parte de trás da minha cabeça, e a outra, passeia pela minha bochecha. Faço o mesmo com uma das mãos, já a outra, apoio em sua nuca, trazendo-o para mais perto de mim. Abro a boca para aprofundar o beijo, mas sou interrompida novamente – mas dessa vez, não foi com lábios macios nos meus.