Capítulo 21

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Um capítulo novinho e o mais desafiador de escrever até agora! Mas eu amei o resultado e espero que vocês também. Aproveitem!

(hoje tem notas finais!)

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- Meu amor, você tem certeza de que este é o melhor momento? Eu sei que você tem seus gatilhos. Se você precisar de mais tempo, tudo b...

Eu o interrompo, o tomando em um beijo para que ele entenda de uma vez por todas que eu o quero. Me afasto e encosto minha testa na dele, o olhando nos olhos:

- É o momento perfeito. Eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida. Ficar sem você me ensinou o quanto eu não quero ficar sem você. O quanto você me faz bem. O quanto eu te amo. Não vou deixar que mais nada nem ninguém fique entre a gente.

Como se fosse a deixa que ele esperava, seus olhos se transformam de preocupação em puro desejo. Era impressionante o quanto ele se comunicava com um só olhar e o quanto eu era capaz de lê-lo. Sem desviar seus olhos dos meus, ele me pega no colo e me beija. Durante o caminho até seu quarto – eram apenas alguns passos – ele não tira os lábios dos meus por um segundo sequer, só parando para me colocar no chão, ao lado do pé de sua cama.

Nos encaramos por alguns bons segundos, até ele estender seu braço para puxar meu rosto em encontro ao dele, distribuindo beijos por toda minha face, se demorando nos meus lábios e descendo para meu pescoço, criando um caminho até minha clavícula. Eu derreto em seus braços. Pego seu rosto com as duas mãos e o afasto para lhe retribuir o carinho: distribuo beijos por todo seu rosto, me demorando nos seus lábios, mas antes de descer para seu pescoço, trilho um caminho até sua orelha, beijando seu lóbulo. Sinto sua pele arrepiar e é sua vez de derreter nos meus braços.

Me afasto e para que ele perceba que eu realmente quero aquilo, retiro meu vestido, só ficando de calcinha e sutiã. Por sorte, estava com um conjunto decente. Não sexy – esse tipo de lingerie não fazia meu gosto – mas decente. A essa altura, faço uma análise rápida do meu estado emocional, procurando por qualquer traço daquele trauma. Ele ainda está aqui em algum lugar, mas no momento, não sinto nenhum vestígio. Não há nervoso, não há medo, não há tensão. Meu corpo está inundado do sentimento mais lindo e forte que já senti, não há espaço para mais nada.

Percebo que estou perdida em pensamentos a algum tempo e o encaro. Seus olhos percorrem todo meu corpo. Não do jeito que os homens na rua fazem, de um jeito vulgar, que incomoda, humilhante, que parece que vão te tirar um pedaço, que você é um pedaço de carne. Ele me olha com um olhar terno, carinhoso, admirado, apaixonado. O quarto está escuro, a única luz presente é a da lua que entra pela porta da varanda aberta, mas o brilho dos seus olhos poderia iluminar uma cidade inteira. Eu reconhecia aquele olhar: ele havia me olhado daquela maneira, naquela noite na sala de sua casa, antes de eu ser tomada pelo horror das memórias. Mas dessa vez, estava mais intenso.

- Você sempre me olha assim.

- Assim, como? Como se você fosse a coisa mais linda que meus olhos já viram? – ele me responde com uma voz rouca, se inclinando para sussurrar no meu ouvido.

Algo dentro de mim cresce, então apoio as duas mãos em sua nuca puxando-o para um beijo apaixonado. Ele apoia as mãos em minha cintura, me trazendo para perto dele de encontro a seu corpo. Sem me afastar dele, tiro sua jaqueta e sua camiseta, me inclinando para voltar a beijar seu pescoço enquanto deslizo as mãos por todo o comprimento de suas costas nuas. Apesar de estarmos praticamente colados um ao outro e apesar dos beijos, sinto que ele está tentando manter uma distância e tentando ir com calma, com medo da minha reação. Só o pensamento dele tendo atitudes tão carinhosas e preocupadas comigo, faz com que meu desejo por ele só aumente. Como se lesse meus pensamentos, ele me interrompe e é sua vez de me beijar. Ele beija todo meu maxilar, meus ombros e o lóbulo da minha orelha como eu havia feito antes. De forma lenta, demorada e cuidadosa. Eu sinto que ele espera que eu dite os próximos passos, a intensidade, o ritmo. Então, parto para a próxima etapa: um pouco envergonhada e insegura para olhá-lo nos olhos, o beijo para que eu possa tirar sua calça jeans. Ele me ajuda, a tirando com os próprios pés, tirando os sapatos ao mesmo tempo, ficando só de boxer.

Free Falling - Pedro PascalOnde histórias criam vida. Descubra agora