Capítulo 19

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Voltei com um capítulo novinho! E esse finalmente do tamanho de costume! Espero que vocês estejam gostando da fic. Aproveitem!

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Era mais um dia comum de trabalho na lanchonete. Era 16h da tarde, um horário que geralmente era de baixo público. E hoje, não era diferente. Estava no balcão, onde tinha uma vista privilegiada para a rua e por um instante, eu achei que mundo ao meu redor havia congelado e eu estava vivendo nos meus sonhos. Eu vi o carro de Pedro estacionar. Como eu sabia que era dele? Ninguém nessa cidade tinha um carro daquele. E só se fosse uma coincidência muito grande para não ser ele.

Eu ainda não tinha respostas para as minhas próprias perguntas. Eu não sabia o que fazer. Então, fugi do balcão em direção a cozinha, trombando com minha mãe no caminho.

- Mãe, vai entrar um rapaz aqui na lanchonete e provavelmente, vai perguntar de mim. Fala que você não faz ideia de onde eu estou, que não tem notícias minhas, que em nenhum momento das últimas semanas eu estive aqui.

- O que está acontecendo Olívia? Quem é esse homem?

- De noite, eu prometo te contar tudo mãe. Juro. Mas agora eu não posso me encontrar com ele. Por favor, despiste ele.

Ela não me falou nada, apenas me olhou desconfiada e seguiu para o balcão, enquanto eu fui me esconder na cozinha.

Depois de cinco longos minutos, ela vem ao meu encontro.

- Olívia, eu não sei o que aconteceu ou o que está acontecendo, mas só der ver o desespero no olhar e na voz daquele homem, eu já sei. Ele te ama, não ama?

Começo a chorar e só consigo responder a ela afirmando com a cabeça.

- Ele te fez alguma coisa?

- Não. Pelo contrário, ele é o melhor homem do mundo.

- Eu estou vendo a mesma dor que vi nos olhos dele, nos seus. Ele está lá fora desesperado. Vai atrás dele antes que seja tarde demais Olívia! Se você não for atrás dele, você vai se arrepender para sempre. Eu não sei o que vocês tiveram nem o que aconteceu entre vocês, mas é perceptível o quanto se amam, e não se desiste de algo assim. Não se joga fora.

Como se fosse um passe de mágica, todas as minhas dúvidas se tornaram respostas. Eu tinha certeza do que queria e do que faria. Eu o queria, e estava disposta a mover montanhas se fosse preciso para consertar as coisas. Eu sei que não seria fácil, mas juntos, eu tenho certeza de que conseguiríamos reverter a situação e driblar Verônica.

Saí correndo da cozinha, passando pelo salão e pela porta da lanchonete como um foguete. Quando cheguei na rua, seu carro não estava mais onde eu havia o visto anteriormente. Senti meu mundo desabar, ele havia ido embora e eu o havia perdido para sempre. Tarde demais.

Porém, uma voz suave e que eu conheço muito bem, me chama atrás de mim:

- Olívia?

Eu me viro instantaneamente. É ele. Com barba e os cabelos um pouco mais longos, com um jeans e com tênis batidos, com uma camiseta amassada, com a expressão cansada e triste, mas é ele. Eu o reconheceria a quilômetros de distância. O encaro por alguns segundos, me recuperando da surpresa. Ele me encara, como se esperasse uma resposta de mim, uma reação. E eu reajo: corro em sua direção e ele abre os braços para me receber, e lá estava eu de novo, naquele abraço que eu poderia facilmente chamar de casa.

Free Falling - Pedro PascalOnde histórias criam vida. Descubra agora