Capítulo 12

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Mais um capítulo novinho e muito fofo! Esse virou um dos meus preferidos. Aproveitem!

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Quando desperto, percebo que milagrosamente eu e ele permanecemos na mesma posição que dormimos. Seu rosto ainda está enterrado no meu pescoço, seus braços ainda me envolvem. Eu também ainda o envolvo e percebo que apoio minha cabeça na sua. Porém, em algum momento do nosso cochilo, ele acabou se descobrindo. Temo que seu estado de saúde se agrave, então com cuidado para não o acordar, puxo a coberta para cobri-lo.

Porém, falho em minha missão e ele acorda.

- Desculpa, meu amor! Não queria ter te acordado.

- Se eu tivesse você de despertador para me acordar assim todos os dias, eu nunca mais reclamaria de ter que acordar cedo – ele fala devagar e arrastado, virando o rosto para me olhar.

Sorrio e lhe dou um selinho.

- Que horas são? – ele pergunta olhando ao redor.

- Já são sete horas da noite. Acho que dormimos demais - falo depois de olhar o celular - Eu estou faminta!

Ele parece pensar por alguns segundos:

- E se a gente pedir uma pizza? – os olhos delem brilham com o nosso possível cardápio.

- O Senhor deveria comer coisas leves – ele me olha fazendo bico – Mas quem sou eu, para negar uma pizza?

Ele distribui beijinhos por todo meu rosto.

-

Nós nos permitimos fazer uma coisa não muito "higiênica" e comemos na cama. Pedro estava relativamente melhor, mas o cansaço e o resfriado ainda estavam estampados em seu rosto. Depois de comer, fizemos uma maratona de Star Wars e era contagiante a empolgação dele assistindo aqueles filmes. Desde cantar a música tema e imitar os barulhos dos sabres de luz a repetir a maior parte das falas. Durante todo o tempo, fiquei deitada em seu peito com ele fazendo carinho em minhas costas. E eu tive certeza: aquele era o meu lugar favorito do mundo. Acabamos caindo no sono nessa posição.

No outro dia, foi a vez dele me acordar. Uma claridade repentina incomodou meus olhos, e assim que os abri, Pedro estava parado em frente a porta recém aberta da varanda e aos meus pés, estava uma bandeja de café da manhã com suco, bolachas e pães.

- Pedro, eu... não sei o que dizer – tentei formular alguma coisa enquanto olhava para todas as coisas que ele havia colocado na bandeja. Inclusive um copinho com uma margarida dentro.

- Obrigado por ter cuidado de mim – disse enquanto se sentava ao meu lado na beirada da cama.

- Foi um prazer cuidar de você – respondo enquanto passo a mão em seu rosto – Ninguém nunca havia me feito algo assim antes, eu achava que essas coisas só aconteciam nos filmes. Nunca ninguém me tratou como você me trata.

- Oh, meu amor – ele suspira enquanto se encaixa atrás de mim na cama, apoiando minhas costas em seu peito – Isso mudou. Eu estou empenhado em te deixar mal-acostumada.

Lhe dou um beijo demorado e ataco meu café da manhã.

- Você está melhor? – pergunto apoiando a cabeça em seu ombro.

- Quase como novo.

Me ajeito no meio de suas pernas e afasto a bandeja. Ainda com as costas encostadas em seu peito, decido lhe confidenciar enquanto desenho círculos imaginários em seu braço:

Free Falling - Pedro PascalOnde histórias criam vida. Descubra agora