Capítulo 14

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Capítulo novinho na área! Estou amando escrever essa fic e espero que vocês estejam gostando de lê-la! Aproveitem!

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Durante a noite, as memórias voltam em forma de pesadelo. Acordo com Pedro me chamando enquanto passava a mão com cuidado em meu rosto e percebo que estava tremendo e o suor escorria na minha testa.

- Lili, meu amor. Acorda, você está tendo um pesadelo!

Acordo com um pulo e além do suor e da tremedeira, percebo minha respiração ofegante. Pedro me puxa para um abraço, me apertando ainda deitada, contra seu peito. E enquanto passa as mãos em minhas costas, repete um "shhhh" em uma tentativa de me acalmar. Quando percebe que minha respiração se acalma, ele oferece:

- Você quer uma água?

Faço um movimento afirmativo com a cabeça e ele me solta para se dirigir até o balcão no quarto onde fica uma garrafa d'água. Ele me entrega o copo, e enquanto eu bebo ele contorna com os dedos todos os detalhes do meu rosto com um olhar atencioso. Assim que eu termino de beber, ele estica a mão e recolhe o copo depositando-o no criado mudo ao seu lado, e abre os braços para mim. Eu me encaixo novamente junto a seu corpo, e ele me aperta.

- Foi só um pesadelo meu amor, já passou – me falava enquanto acariciava meus cabelos – Você está segura comigo. Dorme minha Lili, dorme tranquila.

E foi o que eu fiz.

-

Acordei antes que Pedro. Ele ainda dormia com um braço em volta de mim e o outro acima de sua cabeça cobrindo seus olhos. Fiquei observando-o dormir por um bom tempo, apenas absorvendo a paz que ele me trazia mesmo dormindo. Não me segurei e acabei me esticando para lhe dar um beijo no queixo. Acabei sem querer o despertando.

- Desculpa, meu amor. Não foi minha intenção te acordar.

- Se você soubesse o quanto eu amo acordar ao seu lado, nunca mais repetiria isso – se inclinou para me beijar de forma calma.

Quando nos separamos, senti uma forte pontada de cólica e involuntariamente fiz uma careta levando a mão ao pé da minha barriga.

- O que foi meu amor? – ele me pergunta preocupado.

- Me deu uma cólica muito forte.

- O que eu posso fazer por você?

- Nada meu amor. Vou ficar deitada mais um pouco – e me deito em sua barriga – Só de ficar aqui, assim com você eu já me sinto melhor.

Ele beija o topo da minha cabeça e se estica para pegar seu celular que carregava em seu criado mudo. Depois de alguns minutos, ele retira minha cabeça de sua barriga com cuidado apoiando-a no travesseiro.

- Eu já volto – anuncia e corre quarto a fora, e eu fico com um ponto de interrogação enorme estampado no rosto.

Ouço barulhos de panelas e utensílios batendo e deduzo pelo som que ele está na cozinha. Depois de dez minutos, ele retorna com uma caneca na mão. Percebo que o líquido estava quente pois era notável a fumaça. Meu olhar se alterna de sua mão para seu rosto, ele percebe minha confusão e começa a explicar:

- Aquela hora que peguei o celular foi para pesquisar no google "o que fazer para aliviar cólica". Uma matéria falou de chá de camomila. Ainda bem que eu tinha – ele me entrega a caneca – Toma com cuidado que está muito quente. Deixa eu te cobrir, porque eu vi que o frio agrava as dores – disse enquanto puxava as cobertas, eu estava paralisada. Sem reação – Enquanto você toma, vou fazer um negócio.

Ele me deixou ainda atônita, sentada na cama e se dirigiu até seu banheiro fechando a porta. Porém, não demorou um minuto até ele colocar apenas sua cabeça para fora e me alertar:

- A senhorita não ouse vir até aqui. É surpresa.

Eu não acreditava que ele tinha feito aquilo. Ele era um sonho. O meu sonho.

Depois de alguns minutos, ele sai do banheiro. Eu havia tomado todo o chá em sua ausência. Ele vem até mim, retira a caneca das minhas mãos e oferece sua mão para eu me levantar. Ele me guia em direção ao banheiro.

- Meu amor, eu não estou entendendo nada!

Quando entramos no banheiro, vejo sua banheira cheia e com espuma.

- Preparei um banho quente para você. Li que é bom também.

Eu estou de boca aberta e sinto meus olhos começarem a marejar.

- Ei, ei, ei! Pode parar com isso – ele apoia uma de suas mãos na parte de trás da minha cabeça me trazendo para perto dele.

- Eu não acredito que você fez isso por mim – fala contra a pele de seu pescoço, mas me afasto e começo a cutucar sua barriga – Você é real?

- Claro que eu sou – ele fala roçando seu nariz no meu – É que você é tão pequena, tão delicada, tão linda que me dá vontade de cuidar de você, de mimar você. E ver um sorriso no seu rosto é tudo o que eu mais quero. Todos os dias, toda hora.

Distribuo beijos por todo seu rosto em resposta e ele gargalha, até me apressar:

- Vai lá, antes que esfrie!

E sai do banheiro. Eu entro na banheira e me recosto, fechando os olhos e me permitindo relaxar. A água quente, a espuma e o cheiro dos sais de banho é tranquilizante. E Pedro tinha razão: a cólica sumiu por completo. Quando a água começa a esfriar, percebo que é hora de sair. Me visto com uma camiseta limpa de Pedro e uma calcinha extra que carregava na bolsa. Quando saio do quarto Pedro não está, mas sinto cheiro de café. Desço para a parte de baixo da casa e como suspeitei, ele está na cozinha. Paro no batente da porta e ele não percebe minha presença pois estava concentrado cantando a música tema de Narcos. Não consigo segurar uma risada quando ele erra uma parte da letra e ele se vira para mim. E de novo, me olha como se eu fosse a coisa mais linda do mundo.

- Você ainda vai me matar do coração. Olha só para você!

- Você sempre me olha assim.

- Assim como?

- Como se eu fosse a coisa mais linda do mundo.

- Então eu estou certíssimo. Não há outra forma de te olhar. Você É a coisa mais linda do mundo. Você é a minha princesa.

Me aproximo dele para abraçá-lo, porque depois dessa, não me sobram palavras. Ele estica a mão e liga um rádio pequeno que mantém ao lado do fogão. A música que ecoa é a mesma que o Capitão América dançou com sua Peggy. A Long, Long Time. Uma das músicas mais lindas que já ouvi. Nós começamos a balançar ao som da música, ele me segurando firme contra seu corpo. Eu o amo com todo meu coração, e decido que ele deve saber disso – ele já sabe, mas nunca é demais.

- Eu te amo. Com todo meu coração, com cada milímetro do meu corpo, com cada batida do meu coração.

Dessa vez, é minha vez de ver seus olhos marejarem.

- Eu achei que não tinha sido feito para o amor. Que estava destinado a uma vida solitária. Mas você apareceu e minha vida ganhou cor. Você é mais do que minha princesa, você é meu anjo.

Limpo uma lágrima que escorre em seu rosto e na ponta dos pés, dou um beijo em sua testa, encostando minha testa na sua. Depois que nos separamos, o ajudo a arrumar a mesa e quando venho com a margarina, ele já está sentado. Em um movimento rápido, ele me puxa para sentar em sua perna. Dou algumas frutinhas em sua boca e ele faz o mesmo. E é nessa vibe que passamos o dia, aproveitando a paz desse amor.

Free Falling - Pedro PascalOnde histórias criam vida. Descubra agora