Pansy Parkinson– Espere, então você precisou de conselhos da Tonks, do Draco, seu pai, de um monte de detentas e...do Ronald?- Hermione questionou divertida. Ambas andávamos lado a lado pelas ruas de Londres, sem muito destino no momento. As ruas estavam movimentadas por faltar algumas horas para o Ano-Novo, pessoas que passavam de um lado para o outro fazendo compras de última hora. Poderíamos ter ficado em casa, porém queríamos conversar sobre aquilo e anos de amizade só nos fizeram entender que com ambas desconfortáveis nada de bom sairia. Ali, andando lado a lado como em uma conversa descontraída, podíamos ficar bem.
– Eu já disse que essa não foi a decisão mais inteligente da minha vida, ok? Eu estava com poucos recursos naquele momento, não me culpe.- Fechei o rosto me agarrando mais a seu braço, e Hermione pareceu apertar mais seu braço no corpo, como para me trazer para perto.
– Não culpo. Se Ronald não tivesse aberto a boca ontem provavelmente eu nunca saberia sobre...isso.- Respondeu sem jeito, adquirindo um rosado nas bochechas. Sorri com a sua reação, porque Hermione estava completamente tímida por minha causa. – E se dependesse de você eu só saberia na minha morte!
–Ei!- Eu reclamei ofendida. – Não é bem assim, eu estava tomando coragem!- Me defendi.
– Por mais de dez anos?!- Ela gargalhou, fazendo com que os papeis se invertessem e eu me transformasse na envergonhada. – Relaxe, eu entendi o porquê.
Ela deu um beijo na lateral da minha cabeça e voltou a olhar para frente, caminhando comigo. Estava excepcionalmente frio naquela manhã, porém ter o corpo quentinho de Hermione ao meu lado amenizava a situação. Na rua diversas pessoas se agarravam mais ainda a seus agasalhos, mas eu me agarrava a Hermione.
Uma movimentação inesperada me fez despertar daquela pequena bolha com ela. Vinha através de três ou quatro cabeças, uma delas segurando uma enorme câmera e outra, extremamente loira, segurava um microfone daqueles de jornal. Eram jornalistas afinal. E era Rita Skeeter.
– Pansy Parkinson! Pansy Parkinson!- A loira chamou apressada, olhei para os lados e vi que estávamos encurraladas pela onda de pessoas andando em massa atras de nós. – Uma palavrinha para o canal de fofoca...
Uma palavrinha. Uma maldita palavrinha para o canal de fofoca...Eu poderia dizer muitas palavrinhas naquele momento, todas voltadas para acabar com toda aquela farsa maldita que Lucius e Daphne pagassem pelo que fizeram a Draco. A oportunidade perfeita para constranger eles publicamente, do jeito que seria eficaz. Porém eu senti uma mão agarrar meu braço, a mão de Hermione.
– Não ajudaria Draco.- Ela disse simplesmente, parecendo ler meus pensamentos. Amenizei um pouco a face, concordando com a castanha.
– Senhorita Parkinson!- Rita parou em minha frente, me olhando por cima de seus irritantes óculos. – Sobre as atuais noticias de seu melhor amigo e herdeiro de todo o império Malfoy, o que tem a dizer? Como foi para você ver tão de perto esse lindo romance jovem florir?- Pôs o Microfone na minha frente.
A mão de Hermione desceu ao encontro da minha, apertando-a suavemente. A câmera estava voltada para nós duas e seu corpo estava atras do meu, então senti a necessidade de me manter firme para protegê-la.
– Tudo o que eu desejo ao meu amigo, Draco Malfoy, é que ele seja feliz. Com quem quer que seja, quando for, ele merece a felicidade que um amor trás. Draco, eu te conheci ao mesmo tempo que eu conheci a vida. Eu vou sempre estar aqui por você, qualquer que seja a loucura que você quiser fazer.- Eu firmei o olhar, respirando fundo para continuar. – Amar é um risco, mas eu sei que você é corajoso, porque você é igual a mim.- Apertei ainda mais a mão de Hermione atras de mim. – Eu te amo, e só quero a sua felicidade. Seja com Daphne Greengrass ou com qualquer outra pessoa.- Enfatizei a ultima palavra de modo que apenas nós dois entendêssemos. Aquela seria uma forma de me comunicar com ele.
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A nerd e a Popular (em revisão)
RomanceHermione era muita coisa em minha vida... Era a nerd que me ajudava no dever. A chata que me impedia de beber demais. A maluca que lia nas arquibancadas em todos meus treinos. E talvez por ser muita coisa, ela tenha se tornado meu tudo. Ninguém diri...